Produção de artesanato ajuda agricultoras a enfrentar a seca

 Produção de artesanato ajuda agricultoras a enfrentar a seca

É da fibra da folha do sisal, das palhas de licuri, bananeira e milho, e do aproveitamento de sementes, que dez agricultoras familiares tiram a sua renda, por meio da produção sustentável de artesanato, principalmente durante o período de seca na Bahia. Elas compõem a Associação Mulungu do Sol, localizada no município baiano, Mulungu do Morro, onde produzem diversas peças como baú, bolsa, porta-retrato, luminária, quadros decorativos e biojoias, a exemplo de pulseiras, colares e brincos.

A entidade tem, há três anos, como um das principais parceiras, a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), vinculada à Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri), que incentiva e apoia a comercialização dos produtos, mobilizando e disponibilizando estandes em feiras e exposições, que acontecem no Território de Irecê.

De acordo com a responsável pela associação, Euraide Oliveira Carvalho, a relação com a EBDA é de dar e receber e os técnicos estão sempre de prontidão para ajudar. “Já ministramos cursos de artesanato para outras agricultoras familiares a pedido da EBDA e também por meio de cursos de derivados do umbu. A empresa nos ensinou a aproveitar esta fruta, que tanto a gente via ser desperdiçada, por não saber como aproveitá-las”.

Hoje a associação complementa a renda com a fabricação de derivados do umbu como polpa, geleia, doces de calda e de corte, mousse, pudim e outros. “Este curso foi uma das coisas mais importantes que aconteceu, pois graças à EBDA, fazemos parte do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), no qual fornecemos 60 quilos, por mês, de polpa para as escolas do município. Ficamos felizes em saber que os estudantes ingerem produtos saudáveis”, disse Euraide.

Pnae

Estabelecido pela Lei da Alimentação Escolar, no mínimo 30% dos recursos do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE), responsável pela execução do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), devem ser aplicados na compra direta de produtos da agricultura familiar para a alimentação escolar. Para participar do Pnae, os agricultores devem estar organizados em cooperativas ou associações produtivas.

De acordo com o técnico da EBDA, Vinícius Luna, do Escritório Local de Cafarnaum, uma das diretrizes da lei está na inclusão da alimentação saudável e adequada, abrangendo alimentos seguros, que respeitem a cultura, as tradições e os hábitos alimentares, de forma a contribuir com o crescimento e desenvolvimento do estudante, em busca da melhoria do rendimento escolar.

AGECOM

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