Ufba usará notas do Enem e manterá datas do vestibular, apesar da greve estadual

 Ufba usará notas do Enem e manterá datas do vestibular, apesar da greve estadual

Após 60 dias de greve na rede estadual de ensino, a Universidade Federal da Bahia (Ufba), responsável pelo maior vestibular do Estado, não cogita remanejar a data do  processo seletivo 2013. Este ano, a universidade utilizará o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como forma de seleção para substituir as provas da primeira fase.

Por esse motivo, o pró-reitor de graduação, Ricardo Miranda, acredita que não será possível  alterar o calendário por conta da greve. “Se fosse a nossa prova da primeira fase, como nos anos anteriores, até poderíamos remanejar a data. Com o Enem, é outro processo”, explica Miranda.

Porém, ele ressalva que o assunto ainda não foi discutido pela universidade. “Estamos aguardando o desdobramento da greve. Ainda é prematuro falar em qualquer alteração no calendário do vestibular. É uma situação delicada”, ele avalia.

Enem – A menos de uma semana para o encerramento do prazo para as inscrições do Enem  (próxima sexta-feira, 15 de junho),  estudantes da rede estadual ainda estão inseguros se estarão preparados para as provas.

A greve que se arrasta há 60 dias e prejudicou o segundo bimestre letivo, tem afetado a preparação desses candidatos, que representam 59% dos vestibulandos egressos da rede estadual. De acordo com dados de 2011, os alunos da rede totalizam 80% dos 441 mil inscritos no exame.

Prejuízos – O especialista em educação pela Universidade Estadual da Bahia (Uneb) Basilon Carvalho acredita que, pela complexidade da prova, não é possível esperar um bom desempenho dos alunos da rede estadual no Enem deste ano. “É uma avaliação extensa, mais complexa que as demais. É preciso estar muito bem preparado”, analisa.

Carvalho explica que o ano letivo é dividido em blocos, que costumam ser chamados de unidades, para que os assuntos sejam assimilados da melhor forma pelos estudantes. Uma vez que os estudos são interrompidos, os alunos são prejudicados, pois não há uma continuidade no conteúdo ensinado.

“Além do prejuízo no conteúdo, eles não terão condições psicológicas, sociais e educacionais para realizar esse processo seletivo, que avalia de acordo com a quantidade de questões acertadas”, diz o especialista.

Para ele, mesmo que as aulas sejam repostas, é possível que não haja um aproveitamento por parte dos alunos. “Não tem como recuperar tudo. A reposição é insuficiente”, adverte.

Sobre o calendário letivo, a assessoria de comunicação da Secretaria da Educação do Estado (SEC) garantiu que a reposição será realizada para que os 200 dias letivos sejam cumpridos. No entanto, o calendário só poderá ser refeito após o encerramento da paralisação dos docentes. A Tarde

 

1 Comment

  • ufba vai ter as provas propria ou so pelo enem?

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