Prefeitura suspende atividades, em decorrência da infecção de servidores pela covid-19
Governo oferece reajustes de 25% a 40% para professores
Brasília – O governo federal cedeu à pressão dos professores universitários e de institutos de pesquisa e apresentou na terça-feira, 24, contraproposta de reajuste de 25% a 40%. Os novos percentuais terão impacto de R$ 4,2 bilhões no Orçamento da União.
Há duas semanas, o governo ofereceu aumento entre 12% e 40% ao longo dos próximos três anos para a categoria, que está em greve há mais de dois meses – os números divulgados foram de 16% a 45% porque o governo incluiu um percentual de aumento que já havia sido anunciado. Na proposta anterior, o impacto estimado era de R$ 3,9 bilhões.
“Acreditamos que essa proposta é um movimento suficiente do governo para que a greve termine”, afirmou Sérgio Mendonça, secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento.
“Nosso desejo é pôr fim à greve”, disse Marco Antônio Oliveira, secretário de Educação Profissionalizante e Tecnológica do Ministério da Educação (MEC). “Mas, no caso dos valores, nós chegamos a um limite. Se não caminharmos para um acordo, vamos ficar numa situação bastante delicada”.
A situação “delicada” é o corte de ponto dos grevistas. Tanto Oliveira quanto Mendonça observaram que há uma determinação para cortar o ponto dos servidores públicos em greve. O governo espera que as entidades representativas de professores respondam no início da semana que vem se aceitam a contraproposta.
Posição sindical – A presidente do Sindicato Nacional dos Docentes de Instituições de Ensino Superior (Andes), Marinalva Oliveira, não gostou da proposta. “Não resolve o problema de desestruturação da carreira”. Segundo ela, a categoria não aceita concessão de percentuais diferenciados para docentes com título.
Para o presidente da Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes), Eduardo Rolim, a contraproposta é satisfatória. “Numa análise rápida, o governo atendeu integralmente às nossas reivindicações”.
Os novos percentuais de reajuste não atingem os professores que estão no topo da carreira. Os titulares, com doutorado e dedicação exclusiva, mantiveram o aumento em seus salários, que vão saltar de R$ 12.224,56 para R$ 17.057,74.
Os vencimentos dos docentes com doutorado e 40 horas semanais pularão dos R$ 5.918,95 propostos pelo governo há duas semanas para R$ 7.859,61. O governo concordou em antecipar os reajustes de julho para março de 2013 a 2015.
A Associação dos Professores Universitários da Bahia (Apub) é filiada ao Proifes, mas possui integrantes de suas bases que seguem o Andes, informou o diretor da Apub-Saúde, Joviniano Neto. Segundo ele, os rumos do movimento só serão definidos em nova assembleia.
Agência Estado