Olha o passarinho?

 Olha o passarinho?

Há cerca de quatro anos a fila de candidatos que disputavam fotos com o deputado federal Mário Negromonte (PP) e o então prefeito e candidato à reeleição Raimundo Caires Rocha (PSB) era praticamente igual ao publico que frequenta mês a mês cada edição da Caravana da Cidadania, promovida pela prefeitura de Paulo Afonso através de suas diversas secretarias. Hoje, esta manifestação inexiste.

Se não tivesse carimbado no ficha suja, Raimundo Caires,  certamente já teria cantado o hit  Let me try again (Deixe-me tentar novamente), de Frank Sinatra.

Como na música da dupla Leandro e Leonardo, o deputado federal Mário Negromonte (PP) e o prefeito Raimundo Caíres (PSB) conviveram na política “entre tapas e beijos”.  A relação teve altos e baixos, com direito a crítica pesada como mostrou uma entrevista, coincidentemente  levada a efeito em  11 de março de 2008,  produzida  pelo então radialista e candidato a vereador Osildo Alves, onde o deputado Negromonte  não poupou críticas ao prefeito RCR:  “nós não podemos permitir, e a justiça, que um prefeito corrupto, ladrão, esteja desviando dinheiro da sociedade de Paulo Afonso”.

Nas eleições municipais daquele ano, Anilton devolvia a Raimundo com juros e correção monetária a derrota que ele havia aplicado ao irmão Wilson Pereira.

Antes de virar prefeito Raimundo Caires se esforçou para se apresentar como ideal de modernidade na política. Investiu num discurso impregnado de moralismo e dos valores neoliberais. Eleito, a modernidade exibida nos programas eleitorais parou por aí. Ao longo dos 48 meses do mandato o que se viu foi um prefeito intolerante com a oposição, imprensa e até com aliados, como nas ações para isolar o PP de Negromonte para não vê-lo criar asas às suas custas.

A marchinha “‘Bota o retrato do velho outra vez’ de Haroldo Lobo e Marino Pinto, embalou a campanha que faria Getúlio Vargas voltar ao poder. Em Paulo Afonso, nestas eleições, vai ser difícil alguém botar o retrato da dupla Negromonte e Raimundo, principalmente do ex-prefeito nos santinhos ou tocar nos carros-de-som o jingle “Um novo Tempo”, que naquele ano foi o hino dos Raimundos e Negromontes.

 * Parte do conteúdo publicado foi propositadamente extraído de alguns jornais de circulação no país ,  entre eles, o Globo.

Luiz Brito DRT/BA 3913

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