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Polícia investiga ataque a motorista do goleiro Bruno
Cleiton Gonçalves está desaparecido. Testemunhas afirmaram à polícia que ele teria sido baleado em um atentado na noite de domingo
Depois do assassinato de Sérgio Rosa Sales, o primo do goleiro Bruno vítima de um pistoleiro na quarta-feira da semana passada, mais um dos envolvidos no caso pode ter sido alvo de um atentado. A Polícia Civil de Minas Gerais investiga o paradeiro de Cleiton Gonçalves, que foi motorista do jogador e com quem foi apreendido o Range Rover do atleta – carro em que foram encontrados vestígios de sangue de Eliza Samudio. Cleiton está desaparecido. Testemunhas que estavam em um bar próximo ao bairro da Liberdade, em Belo Horizonte, informaram que ele teria sido atingido por dois tiros na noite de domingo. Um menor foi baleado na perna no mesmo episódio.
Policiais receberam informações de que Cleiton teria sido atingido de raspão, socorrido próximo do bar e sumido em seguida. Ainda não há registro sobre atendimento em hospital ou queixa em delegacia. Um delegado informou à Rede Record, em Minas, que há a suspeita de que o caso tenha relação com o tráfico de drogas, não com os crimes atribuídos ao goleiro Bruno e seu grupo.
Independentemente da motivação, a polícia e a Justiça mineiras têm razões para estar em alerta. Os envolvidos na morte Eliza Samudio – ao todo oito pessoas foram indicadas por alguma participação no caso – orbitavam pelas imediações do sítio do goleiro Bruno em Esmeraldas, participavam das festas e orgias organizadas pelo jogador. A partir do crime, todos compartilharam um pacto de silêncio. As exceções foram um primo do goleiro, menor de idade, e Sérgio Rosa Sales, que confirmou à polícia a existência do crime.
Cleiton Gonçalves tinha um histórico de suspeitas. Em março deste ano ele teve o nome envolvido em um assassinato na região metropolitana de Minas. Como motorista do goleiro, ele certamente teria relatos importantes a fazer à Justiça, quando forem finalmente julgados os acusados pelo crime. Atualmente, só o goleiro, Luiz Henrique Ferreira Romão (Macarrão) e o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos (Bola) permanecem presos. Como a maior parte dos envolvidos não responde pelos crimes mais graves – atribuídos ao trio ainda preso – é possível que acusados com penas menores obtenham benefícios colaborando com a Justiça, como ocorreu com Sales. Nesse caso, Bruno, Bola e Macarrão só teriam a perder.Veja.abril.com.br