Ministra vota pela absolvição de João Paulo Cunha na acusação de lavagem

 Ministra vota pela absolvição de João Paulo Cunha na acusação de lavagem

Ministra Rosa Weber no plenário do Supremo tribunal Federal (STF) durante julgamento do mensalão

Apesar da maioria do STF (Supremo Tribunal Federal) já ter votado pela condenação, a ministra Rosa Weber votou nesta quinta-feira (13) para inocentar o deputado João Paulo Cunha (PT-SP) do crime de lavagem de dinheiro.

Além de lavagem de dinheiro, o deputado foi condenado pela maioria dos ministros pelos crimes de corrupção passiva e peculato. A acusação contra João Paulo foi analisada na primeira parte do julgamento, no mês passado.

Ministra Rosa Weber no plenário do Supremo tribunal Federal (STF) durante julgamento do mensalão

A ministra, no entanto, pediu para votar em outro momento, quando todos os casos de lavagem de dinheiro fossem analisados. As punições aplicadas ao petista se referem a desvio de dinheiro da Câmara dos Deputados, quando ele presidiu a Casa (2003-2005).

Após a condenação, João Paulo renunciou sua candidatura à Prefeitura de Osasco (SP).

Segundo a acusação, o petista recebeu R$ 50 mil do empresário Marcos Valério Fernandes Souza para, em troca, o beneficiar em contrato com a Câmara.

Na avaliação a ministra, o fato dele ter mandado sua mulher pegar o dinheiro no Banco no Rural não configura lavagem de dinheiro porque ocultar o verdadeiro recebedor de uma propina não configura lavagem de dinheiro, mas faz parte do próprio crime de corrupção passiva.

PIZZOLATO

A ministra ainda votou pela condenação do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato também por lavagem. Outros dez ministros também votaram pela condenação dele por corrupção passiva, peculato (desvio de recursos) por favorecer Valério.

No caso de Pizzolato, ela entendeu que a lavagem de dinheiro ocorreu, não por conta da propina que recebeu de mais de R$ 300 mil, o que configurou sua condenação por corrupção passiva, mas pelas autorizações concedidas por ele para o repasse de dinheiro do fundo Visanet à agência de Marcos Valério, o que levou o ex-diretor do BB a ser condenado por peculato. Folha

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