Prefeitura suspende atividades, em decorrência da infecção de servidores pela covid-19
Governo vai distribuir 1 milhão de bafômetros
Ministro das Cidades defendeu “tolerância zero” para quem dirigir depois de consumir bebidas alcoólicas
O governo federal vai elevar o tom do Pacto Nacional pela Redução de Acidentes (Parada).Estão no plano mudanças na legislação, ações com estatais e distribuição de 1 milhão de bafômetros para Departamentos Estaduais de Trânsito (Detrans).
Uso do bafômetro pelas polícias rodoviárias será estimulado (Folha Imagem)
O ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, defendeu “tolerância zero” para quem dirigir depois de consumir bebidas alcoólicas. Ou seja: o motorista seria considerado infrator com qualquer quantidade de álcool no sangue e precisaria do bafômetro para se defender da suspeita de autoridades de trânsito. Hoje, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) estipula como limite a presença de 6 decigramas de álcool por mililitro de sangue. Se a concentração de álcool for menor, o condutor é autorizado a continuar dirigindo.
Se prevalecer a tese mais radical, de enviar ao Congresso uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) banindo a combinação de álcool e direção, o Brasil estaria alinhado a “países mais avançados, onde o respeito à vida está acima da história de produzir prova contra si mesmo”, explicou Ribeiro.
Durante visita ao Salão do Automóvel nesta quarta-feira, a presidente Dilma Rousseff e o ministro visitarão um simulador em que motoristas conseguem perceber a perda de reflexos provocada pela bebida. Outro equipamento nessa linha será em breve apresentado a motociclistas. Ribeiro ainda deve assinar acordo com a Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) para incluir, junto ao manual dos veículos saídos das fábricas, uma lista com os dez mandamentos do bom condutor. Outro acordo com a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) obrigará vendedores de automóveis a oferecer dicas e orientações de segurança a compradores.
Por ordem da presidente, todos os ministérios e empresas estatais precisam aderir ao esforço de redução de acidentes no trânsito. Ribeiro fez palestras para dirigentes de estatais e conseguiu, por exemplo, o compromisso de “envelopar” os 22 mil veículos usados pelos Correios com temas da campanha. O ministério já negocia com a Petrobrás ação semelhante.
No setor privado, ônibus urbanos e metropolitanos devem ceder os vidros de trás para adesivos do pacto nacional, de acordo com negociações em curso com a Associação Nacional das Empresas de Transporte Urbano (ANTU). Bancos e seguradoras já procuraram o governo para se informar a respeito de parcerias, porque desejam aderir ao esforço e, em consequência, economizar gastos com sinistros de acidentes de trânsito.Veja. abril.com.br