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O Vôo de ÍCARO ! Por Luiz Carlos Carvalho
Apesar da calmaria, a eleição para prefeito em Paulo Afonso nos traz algumas lições que nos faz lembrar as mitologias da Grécia Antiga. Fazendo analogia a alguns enredos trágicos dos teatros atenienses, Atena, a Deusa da Sabedoria, se aqui vivesse, alertaria certos líderes para que os mesmos se retirassem da cena trágica, pois, assim como na arte, a vida nos ensina que devemos saber à hora certa de sair do palco.
As fotos e as matérias postadas recentemente nos sites sobre a união das oposições de Paulo Afonso, nos remonta muito mais a uma ópera bufa do que a uma operação política.
Durante os últimos quatro anos a oposição pauloafonsina se equilibrou sobre o fio da navalha, sem apresentar nenhum projeto político que convencesse a população, apenas surfando na onda que levou o Deputado Federal Mário Negromonte a uma breve e tumultuada passagem pelo Ministério das Cidades. E foi nessa onda que todos embarcaram e se viram capazes de chegar a Prefeitura, apenas esquecendo-se de um detalhe: teriam que enfrentar um Prefeito que quando saiu da sua última gestão tinha a aprovação de mais de 90% da população, e que agora, além de acertar novamente na gestão, se revelou um hábil político, ampliando seu campo além das fronteiras de sua origem.
Como Ícaro, a oposição também não obedeceu às orientações de seu Pai, Dédalo, artesão e engenheiro grego, que o orientou a não tentar voar além de seus limites. E a quem cabe representar o papel de Ícaro nesta eleição?
Certamente a figura maior, o Deputado Mário Negromonte seria um grande intérprete para este papel, já que, preso no labirinto da visão provinciana de fazer política, também sonhou voar além de suas fronteiras, mas, como Ícaro, não conseguiu entender que “voar” é para quem conhece os ventos da região, e quando alguém quer ir além do que as asas lhes permitem, a queda pode ser maior que o sonho. E foi assim que Negromonte imitando Ícaro teve suas asas derretidas pelos raios lançados pelo seu próprio partido (PP) e pela força da imprensa cosmopolita.
Continuando no seu teatro particular, o seu último ato nesta eleição, antes de se afogar no mar com a leveza dos poucos votos que teria seu candidato, Gilson Fernandes (que aqui poderia ser representado por Talos, sobrinho assassinado pelo próprio tio Dédalo que o empurrou para o precipício), foi se misturar no palco teatral da campanha de Sônia Caires, para se alimentar da dúvida dramática que irá pairar sob a verdade de quem serão os votos que a candidata terá.
Saindo da mitologia Grega e indo para o Império Romano, Mário não foi sequer capaz, como Galígula (que teve a força de eleger seu Cavalo INCITATUS para o Senado Romano), de mostrar seu prestígio político nesta eleição. O máximo que está conseguindo é passar despercebido em Paulo Afonso, cidade de sua origem política e, como ele próprio diz, “terra de minha mulher e filhos”. E apenas poucos meses depois de deixar de ser o todo poderoso “Ministro” da região, ele vive um momento trágico, tal como HAMLET, na peça de WILLIAN SHAKESPEARE que, segurando a Caveira de YORICK, indaga: SER OU NÃO SER, EIS A QUESTÃO.
E, quanto ao desfecho final, só o futuro dirá se, depois da autocombustão sofrida, ele terá a capacidade de, como Fênix, renascer das cinzas.
Luiz Carlos Carvalho (Carlinhos de Tico)
carlosluiz.pa@hotmail.com
3 Comments
Excelente texto! Só um lembrete: O deputado Mário está mais para Nero da Roma antiga que incendiou a cidade e ficou de longe a olhar a destruição! Lembram que todos esperávamos que ele viesse com um candidato forte para concorrer às eleições? Lembram que xingou, esbravejou com o RC e no final, foi com quem se aliou? Nem cinzas sobraram, portanto, nunca será uma Fênix!
Execelente texto. Resumiu bem a trajetória meteórica e catastrófica de um político q nunca olhou p paulo afonso por pequeno e incapaz de enxergar 1 metro a sua frente qndo o assunto é o interesse público.
Excelente texto. Resumiu bem a trajetória meteórica e catastrófica de um político q nunca olhou p paulo afonso por ser pequeno e incapaz de enxergar 1 metro a sua frente qndo o assunto é o interesse público.