O Apagão no Nordeste – Como Evitar. Por Francisco Nery.

 O Apagão no Nordeste – Como Evitar. Por Francisco Nery.

Claro, claro. Não se trata de ensinar Padre-Nosso a vigário!Trata-se do comentário de um cidadão comum que ficou sem suprimento de energia elétrica por algumas horas, durante o último apagão no Nordeste.

Quando dava aulas de inglês para alguns engenheiros da Chesf, ouvi o comentário que um apagão que havia ocorrido tinha sido causado por um fechamento de circuito causado por um gato. O felino entrou no quadro de comando, virou cinzas, e nos deixou sem energia por um certo período. Assim sendo, um apagão pode se originar com um acontecimento tão fortuito quanto o que acabamos de relatar.

Morei também perto de alguns operadores. Da conversa entre eles, ouvida por mim, pude verificar o grau de responsabilidade que tem um operador. Com o meu ouvido de leigo, cheguei à conclusão (penso que estava certo) que um grande apagão pode se originar, além da intrusão de um gato gaiato – ou arreitado –, no descuido de um operador. Pensei comigo mesmo se determinadas decisões tomadas inpromptu pelo controlador não deveriam ser compartilhadas, forçosamente, com um outro operador. Seria, pensava na minha cabeça, como o controle do voo de um avião, cujo piloto é assessorado pelo copiloto. Todo esse meu arrazoado teve início quando ouvi, pela mídia, que teria havido falha humana no último apagão.

O caminhão trazia areia para a obra que eu tocava em determinada fase da minha vida. Parou no topo da rua. Observei que o motorista responsavelmente puxou a alavanca do freio de mão e engatou marcha de força antes de desligar o motor. Ele até virou a direção ligeiramente para o lado interior da rua que era,na realidade, uma ladeira. O caminhão estava virado para baixo. Como a obra e a encomenda eram minhas e, lá embaixo, havia uma escola cheia de crianças,ponderei se não seria prudente a colocação de um calço em uma da rodas; talvez dois calços em duas rodas. O motorista hesitou. Achou que, como motorista responsável, já tinha cumprido o que mandava a cartilha.

Mas, ponderei eu – ainda ciente que a obra e a encomenda eram minhas –, que mal aconteceria se mais uma segurança fosse adotada para evitar más consequências? Mesmo se houvesse custo, ainda assim seria de bom senso calçar o caminhão.

O motorista cedeu. Colocou os calços nas rodas do caminhão, e ficou meu amigo. Quero crer que ele sempre faz este procedimento toda vez que estaciona em uma descida… e se lembra de mim.

Francisco Nery Júnior

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