Prefeitura suspende atividades, em decorrência da infecção de servidores pela covid-19
Paulo Afonso: queda na arrecadação chega a R$ 3,2 milhões/mês
No Nordeste da Bahia houve uma queda bruta na receita dos municípios obrigando muitos prefeitos a cortar despesas e reduzir o ritmo de obras
Um kit completo de combinação explosiva. Diminuição da arrecadação e repasses de recursos federais e estaduais, motivados pela redução de alíquotas de impostos como o IPI (automóveis e eletrodomésticos), divisão de royalties com outros municípios, e agora com a nova Medida Provisória (MP 579/2012) da energia elétrica, que pretende reduzir tarifação de energia elétrica residencial e industrial.
O Governo do Estado estima perder, no próximo ano, R$ 270 milhões só com a queda do Imposto de Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS) na energia elétrica, revelou o governador Jaques Wagner. Isoladamente ou somados, estes fatores estão causando o maior rebuliço junto às prefeituras do País, mais especificamente no Nordeste da Bahia. Houve uma queda bruta na receita dos municípios obrigando muitos prefeitos a cortar despesas e reduzir o ritmo de obras.
Em Paulo Afonso, o prefeito Anilton tem buscado medidas alternativas para evitar corte de pessoal, pois é totalmente contrário a esta medida e considera a última alternativa. Mas, com a queda acentuada das receitas, em breve poderá se encontrar diante desta inevitável decisão, já que a Lei de Responsabilidade Fiscal limita as despesas com pessoal em 51,30%, o chamado limite prudencial. Com a atual queda de receitas, as despesas com pessoal podem ultrapassar o limite máximo de 54%, o que levaria a Administração Municipal a promover demissões sem justa causa. Ou seja, não é uma decisão pessoal ou política, é Lei, e a queda de receita está pegando os municípios de surpresa.
Os primeiros sintomas do impacto provocado pela queda de receitas já foram sentidos no Município de Lauro de Freitas, onde a prefeita Moema Gramacho exonerou 1.649 servidores de todas as áreas que tinham contratos temporários. Em Juazeiro, o prefeito Isaac Carvalho (PCdoB), decretou estado de emergência financeira no Município e incluiu uma redução de 30% na remuneração de todos os cargos de confiança. No país, centenas de cidades estão passando por esta dificuldade, que é provocada pela redução dos recursos repassados para os municípios e não para contas de campanha como insinuam alguns sites e programas de rádio maliciosos. A medida de contenção de gastos é provisória e visa à adequação ao limite de gastos permitidos por lei e ao atual orçamento do Município, que tem sofrido bastante desde o início deste ano com a queda de receitas e a redução dos royalties. Somente neste mês a queda do repasse desta fatia pode chegar a 1,2 milhões de reais, somadas às perdas com o repasse do FUNDEB, verba para educação, oriunda do Governo Federal, a qual também preocupa muito, com um prejuízo de 1,3 milhões apenas neste mês, além do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
Considerando que esta queda pode se estender por um período maior que o esperado, ou voltar a acontecer em outros momentos, o prefeito Anilton já busca alternativas para a atração de novas receitas (novas indústrias, turismo, comércio e serviços) e otimização da arrecadação das receitas atuais, além de medidas de redução de despesas sem comprometimento no quadro de servidores.
A pressão das cidades afetadas pela seca e pela queda nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM); royalties e ICMS ganha corpo às vésperas de um movimento que os prefeitos pretendem imprimir junto ao governador Jaques Wagner para que ele cobre do Governo Federal uma solução capaz de promover algum alento frente à atual situação. O protesto da capital da republica está previsto para acontecer entre os dias 12 e 16 deste mês. “Temos que tomar uma posição e sensibilizar o Governo Federal”, pontuou o prefeito Anilton.
Fonte: ASCOM/PMPA
3 Comments
é só cortar os salários de secretários , diretores , do próprio prefeito e vice pela metade , como tbm reduzir contratos de carros de luxo e empresas que dá sim , afinal entra quase 13 milhões por mês e com estes cortes sugeridos , da muito bem para entrar no limite de 51% , agora querer só descontar nas costas do funcionários la de baixo , ai n da mesmo né ……. o engraçado que na época das eleições ninguém pensava nisso , só depois e que se preocuparam em reduzir gastos ……..
Este Saulo deveria ler mais, assistir televisão, para saber que este pro
blema não está acnecendo só com Paulo Afonso, são todos os munici
pios do pais, que sendo atingidos por esta crise, proporcionado pela
queda do ICMS, do FPM, dos Rotalties, em razão da dispensa do IPI, dos automóveis e eletro-domesticos conehcidos como “linha branca”
que são geladeiras, fogões, lavadoras de rouda e de loucas, etc. Acon
selho ao Saulo a ler os Jornais Folha de São Paulo, Estadão, mesmo
pela internet que voce vai ver todas estas informações ditas pelos me
lhores economistas do pais. Não sou eu que estou inventando, pois,
não sou nem contador, quanto mais economista.
Comece cortando o próprio salário sr. prefeito, os salários do primeiro escalão e cargos de confiança. Vete o aumento de salário proposto pela câmara. Acabe com os cargos dos apadrinhados, com a farra dos combustíveis e dos carros locados dos seus camaradas. Faça também uma limpeza em algumas secretarias inchadas de gente que não faz nada, somente porque é um protegido destes secretários que também não trabalham. Reveja também alguns contratos feitos com algumas empresas camaradas, ligadas ao seu grupo político e que nestes quatro anos de sua gestão tiveram um crescimento de receita espetacular, graças a nossa prefeitura mãe de todos. Eu teria muito mais sugestões por onde o nosso digníssimo prefeito deveria cortar gastos. O fato é que tivemos muito dinheiro desviado de suas verdadeiras funções, um tapa rombo aqui e outro ali. E assim se vai empurrando com a barriga, até quando há verdadeira necessidade de prestação de contas aparece. Aí, é um deus nos acuda e o povo que pague a conta. A conta da falta de saúde, de ações sociais, da infraestrutura, da seca na zona rural e de outras mazelas tão ligadas á este fenômeno chamado de: “corte de gasto da prefeitura”. A final, o sr. prefeito não tem nada a ver com isso. Ele é só o prefeito.