Prefeito de Paulo Afonso participa de protesto contra a medida provisória 579

Prefeito Anilton; “O discurso de reduzir as tarifas de energia é bonito, mas precisamos saber a que custo isso vai ser feito”.

Na segunda-feira (03), eletricitários em todo o país fizeram uma paralisação nacional contra a medida provisória 579. O protesto em Paulo Afonso aconteceu na Praça dos Aposentados e contou com a participação do prefeito de Paulo Afonso, Anilton Bastos Pereira e do seu vice, Jugurta Nepomuceno Agra. O movimento não atraiu muitos chesfianos, da ativa, ou aposentados, mesmo diante do quadro gravíssimo em que a MP 579 coloca a classe trabalhadora do Sistema Elétrico, com a possibilidade de demissões em massa, aumento da terceirização nas atividades afins e o enfraquecimento brutal de empresas que são pólos regionais de desenvolvimento, como a CHESF. 

Em seu discurso, Anilton Bastos, que também é chesfiano, declarou sua adesão ao movimento e alertou sobre os riscos da MP que poderá levar a demissões em massa, aumento da terceirização e o enfraquecimento das empresas do setor elétrico. Anilton revelou que os reflexos da queda de arrecadação já penalizaram o município em cerca de R$ 8 milhões, somente dos royalties. A redução os ICMS sobre a energia elétrica prevista para janeiro de 2013, vai sobrecarregar ainda mais o município, ressaltou. “O discurso de reduzir as tarifas de energia é bonito, mas precisamos saber a que custo isso vai ser feito”, enfatiza o prefeito Anilton.  O chefe do executivo reforçou a retomada do diálogo para que as mudanças no setor elétrico sejam positivas tanto para o setor quanto para os trabalhadores e a sociedade.

Muro da vergonha

A CHESF deu início as obras de pavimentação asfáltica na crista do Lago da PA IV e os comentários na cidade é que a empresa vai construir um muro de tres metros de altura impedindo o acesso das pessoas, às águas do velho Chico, proibindo o que para muitos é o único lugar de lazer nos finais de semana. O asfalto isola as pessoas do rio, o que deve gerar contestação da população.

Em seu pronunciamento durante o protesto contra a medida provisória 579 na praça dos aposentados, o prefeito Anilton Bastos deixou claro que não concorda com a decisão da Chesf em construir o muro na margem do rio São Francisco e que a prefeitura não vai permitir que isso aconteça: “… quanto a essa história da Chesf construir um muro de tres metros na beira do rio, a prefeitura, eu não vou deixar que isso aconteça, não vou permitir que a Chesf construa novamente o “muro da vergonha em nossa cidade…”, disse Anilton.