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Folião pipoca gera maior movimentação financeira durante o Carnaval
O folião pipoca gasta em média R$ 50 por dia no Carnaval, enquanto a despesa diária dos que pulam em blocos gira em torno de R$ 125 e dos que brincam em camarotes é de R$ 139. Apesar do folião pipoca, individualmente, gastar menos, a soma de todos eles movimenta o maior montante durante os sete dias de folia na capital baiana, chegando a R$ 44 milhões.
A economia gerada pelo Carnaval é o tema abordado esta semana no programa Encontro com Gabrielli, que está disponível para download no site www.facebook.com/encontrocomgabrielli. Nele, o economista e secretário do Planejamento da Bahia, José Sergio Gabrielli, analisa um estudo sobre o Carnaval, elaborado pela Secretaria Estadual de Cultura e pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais do Estado da Bahia, autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento (Seplan).
“Estamos nos aproximando de mais um Carnaval e, junto com a folia, teremos uma intensa movimentação de dinheiro, seja no comércio, comprando bebida e comida, seja no setor de serviços, customizando o abadá ou contratando serviços de transporte”, destaca Gabrielli. “Quem gosta de Carnaval, costuma gastar na festa o que pode e, às vezes, até o que não pode”, acrescenta.
Segundo o levantamento, enquanto os foliões pipoca injetam na economia R$ 44 milhões, aqueles que brincam nos blocos movimentam R$ 31 milhões e os de camarotes somam pouco mais de R$ 23 milhões. O mesmo estudo mostra que muita gente ganha dinheiro na época da folia momesca, principalmente, os ambulantes, que representam 17% da população que trabalha no período.
Já os guardas, policiais, oficiais, seguranças e vigilantes ocupam a segunda posição entre os segmentos que trabalham, representando o equivalente a 11,7%, seguidos de motoristas, vendedores, músicos e outros profissionais. “A indústria musical baiana e quem trabalha nela faz parte do grupo que continua ganhando mesmo quando o Carnaval acaba”, observa Gabrielli.
“Os músicos passam o ano se preparando para o Carnaval e colhem frutos até depois dele, já que a cidade fica cheia de turistas e muitos artistas são vistos por pessoas de todos os lugares do Brasil e do mundo”, analisa, Gabrielli. Ele lembra também que, durante os sete dias de folia, bandas independentes são lançadas no mercado e, em muitos casos, despertam o interesse dos empresários do ramo, a partir do resultado da festa.
“Para tudo isso acontecer, o município e o governo estadual investem todos os anos na folia. Com toda essa movimentação de artistas, turistas e empresários, as receitas municipais são reforçadas no período. Mas, infelizmente, entre 2007 e 2010, não houve grande variação”, lamenta o secretário do Planejamento do Estado.
Em 2007, o município movimentou R$ 5,8 milhões, sendo que 49,6% veio das cotas de participação, 28,6% do Imposto Sobre Serviços (ISS) recolhido junto a blocos, camarotes e hotéis, e o restante de taxas pagas a órgãos como Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (Sucom) e Secretaria de Serviços Públicos (Sesp).
”Essa análise nos permite entender no que o Carnaval se baseia. Se os ambulantes representam a maior parte de trabalhadores e se o folião pipoca é o que mais gera receita, devemos pensar em como ampliar o espaço deles no Carnaval, assim como os investimentos na cultura local e outros aspectos que, de fato, fazem a maior festa popular de rua do mundo acontecer”, defende Gabrielli.
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