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Walter Pinheiro será o líder de Dilma
O senador baiano Walter Pinheiro (PT) deve assumir, no recomeço das atividades legislativas, a liderança do governo federal no Congresso.
A informação foi divulgada pelo blogueiro Felipe Patury e, de acordo com a senadora Lídice da Mata (PSB), está consolidada desde o final do ano passado, quando ficou definido o rodízio com Pinheiro na função.
Líder do PT no Senado, o petista baiano deve enfrentar a missão de aprovar, ainda em fevereiro, o projeto que cria novas regras para o Fundo de Participação dos Estados (FPE) e dos Municípios (FPM). Sob pressão de alguns estados, o governo federal tem pressa na aprovação da divisão da arrecadação tributária, feito pela União.
A ascensão do senador pode ter ainda efeitos diretos em 2014. Apontado como um dos principais candidatos do PT à sucessão do governador Jaques Wagner, a posição de líder do governo garante mais exposição dele, principalmente em veículos de comunicação. Mesmo que indiretos, o resultado pode ampliar o capital político de Pinheiro na Bahia que, em 2010, o elegeu como senador mais votado, com mais de 3,6 milhões de votos.
Testado eleitoralmente, esse é um dos trunfos dele para angariar a indicação para concorrer como governador em 2014 – os outros dois candidatos citados com frequência, Rui Costa e José Sérgio Gabrielli, não possuem histórico similar nas urnas.
Por outro viés, caso opte por completar integralmente o mandato na liderança do governo, Pinheiro pode estar sendo afastado do processo de sucessão na Bahia. A hipótese, apesar de pouco provável, pode fazer parte da articulação dos adversários para reduzir o peso eleitoral do senador junto à população – o aumento de atribuições como líder do governo implica numa maior permanência de Pinheiro em Brasília. Procurado pela reportagem, o senador não foi localizado para comentar a indicação.
Outro baiano que ficou próximo de exercer uma função de destaque no Congresso Nacional foi o deputado federal Amauri Teixeira (PT). Cotado para disputar a vaga da quarta-secretaria na mesa diretora da Câmara, Amauri abriu mão da candidatura e deve ficar com o controle de uma das comissões temáticas do legislativo federal.
De acordo com o próprio parlamentar, a decisão foi favorável à indicação de uma mulher para a mesa, porém houve o entendimento em torno do deputado Antonio Carlos Biffi (PT-MS) para que ocupe a secretaria, “que o PT tem a prerrogativa de escolher a terceira ou a quarta”, aponta. “O acordo das comissões só acontece depois do carnaval. Eu tenho interesse em uma comissão, mas acredito que posso ficar também numa vice-liderança”, admitiu em conversa com a Tribuna.