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Em PE, governo Eduardo Campos sufoca oposição
Reduzida a uma meia dúzia de deputados, a oposição ao governador Eduardo Campos (PSB) na Assembleia de Pernambuco adotou a estratégia de blitze para caçar vidraças do presidenciável.
O problema é que, além de desidratado, esse grupo de parlamentares tem sido barrado na busca por falhas na administração do Estado.
No fim de fevereiro, os deputados não puderam entrar nas obras inacabadas do complexo prisional de Itaquitinga, na zona da mata, sob a justificativa de se tratar de um empreendimento particular feito por meio de uma parceria público-privada (PPP). Na quinta-feira passada, foram barrados novamente, desta vez no Laboratório Farmacêutico do Estado de Pernambuco (Lafepe).
Segundo a administração do laboratório, os deputados não puderam entrar por causa de normas sanitárias que restringem o ingresso de pessoas estranhas na área de produção de medicamentos.
A oposição diz que continuará a tentar fazer as blitze.
A elevada popularidade do governador, com aprovação de quase 90% em algumas pesquisas, dificulta o trabalho da oposição. Conforme a indicação original dos partidos, seriam 9 deputados de oposição contra 40 da base aliada.
Na prática, porém, somente seis vão contra o governador. Recentemente, dois partidos oposicionistas, PMDB e PV, se tornaram aliados do presidenciável do PSB. O primeiro mudou de lado depois que o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB), ex-rival, passou a apoiar Campos.
O único representante do PV na Assembleia era Daniel Coelho, que migrou para o PSDB e neste ano se tornou líder da pequena bancada de oposição. Para ele, o processo de desidratação das oposições é nacional.
Em São Paulo, por exemplo, a oposição ao governo de Geraldo Alckmin (PSDB) conta com somente 26 dos 94 deputados. Situação parecida com a de Minas Gerais, onde 15 dos 77 deputados se declaram de oposição ao tucano de Antonio Anastasia.
Colaborou LUIZA BANDEIRA, de São Paulo
As informações são da Folha de São Paulo
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