Prefeitura suspende atividades, em decorrência da infecção de servidores pela covid-19
População aprova saída de ambulantes
Na última quinta-feira, fiscais da prefeitura fizeram a retirada dos vendedores ambulantes que atuavam na passarela da Avenida Tancredo Neves, como parte do Plano de Ação Integrada que visa o ordenamento da cidade. Ontem, quem passou pelo local encontrou mais espaço para transitar sem precisar dividir o caminho com as bancas, tábuas e grades que serviam de suporte para os produtos dos comerciantes. A atitude do poder municipal foi aprovada pelos usuários do equipamento.
Na região, havia somente os ambulantes licenciados, que mantinham as instalações na calçada central, após a passarela, sentido Salvador Shopping. Além disso, oito fiscais se espalhavam ao longo do caminho para garantir a ausência de vendedores em locais proibidos.
Muita gente que costuma passar pela passarela aprovou a nova situação do local. “Eu acho que assim fica melhor. Antes o aspecto era de sujeira, de desordem. A cidade precisa ficar mais organizada”, opinou a secretária Mônica Oliveira, de 33 anos, que usa a instalação de segunda a sexta-feira para atravessar a Av. Tancredo Neves. “Mas espero que resolva a situação do pessoal que vendia aqui, afinal, eles também precisam trabalhar”, acrescentou.
Já a lojista Isabela Pimentel, 25 anos, gostou, apesar de ter usufruído daquele comércio informal na passarela. “Eu confesso que gostava de comprar algumas coisas, às vezes, mas realmente não dá para fazer tudo sem regras. É melhor parar para ajeitar”, afirmou.
Para alguns, ficou uma maior sensação de segurança. Pelo menos essa foi a impressão do designer de moda Railon Cruz, de 26 anos. “Eu acredito que dessa forma a passarela fica mais segura. Acho que a presença de comércio criava um ambiente mais propício a presença de ladrões, porque tinham pessoas parando para comprar e abrindo a carteira ou mexendo na bolsa”, observou.
Alguns vendedores ambulantes licenciados se manifestaram a favor da operação. Antes, tinham que concorrer contra os comerciantes ilegais. “Tem muita gente que não tem licença e chega aqui vendendo o mesmo produto que eu. Às vezes vende até mais. Só que depois eu tenho que pagar pela licença e ele não. A lei tem que ser igual para todos”, disse. De acordo com a secretária de Ordem Pública, Rosemma Maluf, a intenção é definir espaços para utilização de vendedores ambulantes. Tribuna da Bahia