Prefeitura suspende atividades, em decorrência da infecção de servidores pela covid-19
Revitalização da Prainha. Francisco Nery Júnior
Leio na mídia que determinada marca de produto deseja bancar a revitalização da nossa Prainha, em Paulo Afonso. A logomarca estaria presente, bem à nossa frente, em todo lugar, aqui e ali, assim que chegássemos ao balneário aceito e frequentado da cidade.
As pessoas gostam da Prainha. Vão lá, se banham, tomam sol, comem, jogam conversa fora, e retornam renovadas para suas casas. Se a democracia e a igualdade linear são perfeitas nos estádios de futebol e nas praias do litoral, são muito mais isto na nossa prainha. Comer, beber e se divertir em igualdade de condições lavam a alma. O certo é que a alma, a verdadeira pessoa, sai mais leve após um banho revigorador nas águas do São Francisco.
Agora vem a proposta para revitalizar o balneário sem que os cofres públicos – que andam meio vazios – sejam convidados a participar do custo. Não participariam, com o dinheirinho suado do pobre contribuinte, das despesas. O dinheiro ficaria reservado para saúde e educação ou para outra emergência qualquer.
Poderiam surgir, logo de saída, aqueles que são contra. Sempre haverá alguém para ser do contra, aquele que provavelmente reclamará se for pulverizado com pó de ouro. Ele certamente alegará que está sendo sujado com pó de ouro. Teriam essas pessoas razão para desconfiar? O fato de alguma empresa se oferecer para revitalizar a Prainha traria alguma vantagem para aquela mesma empresa em detrimento da comunidade ou das pessoas que frequentam a mesma prainha? Haveria aumento de preços? Haveria controles de entrada mais rígidos, eliminando a simplicidade e a pureza de chegar e tomar banho no rio?
Parcerias do tipo proposto e discriminado nos nossos meios de comunicação contribuem para o desenvolvimento. Parcerias que trazem capital e deixam expertise valem a pena. Parcerias que chegam apenas para colher os juros, explorar e partir, não. Estou em Cabo Verde e vejo um governo de esquerda entabulando parcerias com todo o mundo. Os caboverdianos parecem satisfeitos com o seu governo porque estão a ver progresso. Veem, agora, investimentos – e resultados – que não viam há meses (eu vejo resultados que não vi em junho do ano passado).
Consegui atravessar toda a ilha de Santiago, onde se encontra a cidade da Praia, capital do país. Vi pessoas sorridentes, vi empreendimentos em curso, vi vida e vi progresso. Estamos nos referindo a um país cujo PIB não passa de 2 bilhões de dólares. Nosso PIB já ultrapassa a casa dos 3.000 bilhões de dólares.
O governo de Cabo Verde me parece pragmático – a China se nos apresenta pragmática. Pragmatismo que resulta em desenvolvimento sem sacrifício da honra e da liberdade é (sempre deverá ser) pragmatismo bem vindo. Bem vindo o pragmatismo que traz desenvolvimento e bem-estar para os povos outros do mundo e para o Brasil.
Por Francisco Nery Júnior
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