Campanha alerta sobre linfoma; Três hospitais em Salvador oferecem tratamento gratuito

 Campanha alerta sobre linfoma; Três hospitais em Salvador oferecem tratamento gratuito

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Muitas vezes ele é confundido com íngua – aquela inflamação que aparece nas axilas, no pescoço ou na virilha. A diferença é que não causa dor, cresce de forma rápida e é endurecido. O linfoma, doença que a cada ano tem 10 mil novos casos no Brasil, é um tipo de câncer ligado ao sistema sanguíneo, como a leucemia e o mielona múltiplo, que juntos representam de 7% a 9% de todos os tipos de cânceres existentes.

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Neste domingo (15), Dia Internacional de Conscientização sobre Linfomas, entidades médicas chamarão a atenção da sociedade para os sintomas e os riscos da doença. Pelo fato de não trazer dor para o paciente, o diagnóstico da enfermidade pode demorar, o que dificulta o tratamento e as possibilidades de cura. “A maioria das pessoas não conhece como é o linfoma e dificilmente vão até um hematologista para mostrar o caroço”, conta a especialista Karla Mota, fundadora do Instituto de Hematologia e Oncologia da Bahia (Ihoba), em entrevista ao Bahia Notícias. Ela diferencia oncologistas (que tratam de cânceres sólidos, como os de pulmão, estômago, próstata, etc) de hematologistas (que cuidam de cânceres líquidos, ligados ao sangue).

Segundo Karla, ao contrário de tumores como o de mama – em que se faz a mamografia – e o de colo do útero – em que se realiza o papanicolau -, os linfomas não contam com exames de prevenção. Depois de diagnosticado, o paciente deve fazer uma biopsia para saber a gravidade do tumor e identificar possíveis áreas atingidas. O alento é que tanto os dois tipos de linfomas, os Hodgkin (que atingem mais os jovens) com os não-Hodgkin (com mais de 50 tipos), têm possibilidade de cura. Ficam os exemplos da presidente Dilma Rousseff, e do ator Reinaldo Gianecchini, a primeira precisou de quimioterapia e o segundo recorreu a um transplante de medula, dois dos procedimentos empregados no tratamento que ainda inclue a radioterapia. “É um doença bem tratável e nós evoluímos muito neste ponto”, afirma a hematologista, que acredita que o aumento desses tumores está ligado ao crescimento dos casos de câncer em geral. Em Salvador, segundo Karla, o tratamento de pacientes com linfoma é oferecido na rede pública nos hospitais das Clínicas, no Canela, no Aristides Maltez, em Brotas, e no Santa Izabel, em Nazaré. Quem dispõe de melhor condição financeira pode recorrer a clínicas privadas da cidade, que também oferecem tratamento.

por Francis Juliano/BN

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