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Celso de Mello diz que não se sente pressionado a votar sobre mensalão
O ministro Celso de Mello conversou rapidamente com os jornalistas na saída do Supremo Tribunal Federal. Ele disse que o voto dele está pronto, que não se sente pressionado e que vai manter o que defendeu no dia 2 de agosto de 2012.
“Eu já preparei o meu voto. Ouvi todos os lados, li os memoriais redigidos pelos advogados, que, como sempre, desenvolveram um excelente trabalho profissional, o que vem ocorrendo desde o início deste julgamento, em agosto de 2012. Portanto, foi um trabalho tecnicamente muito valioso. Li o memorial da senhora procuradora-geral da República e todos os votos bem fundamentos que foram pronunciados na sessão anterior e na sessão de hoje. Então, estando atento a tudo isso, tendo em vista aquilo que eu já escrevi no dia 2 de agosto, deste mesmo processo. Estou considerando todos esses aspectos e já formei minha convicção. Vou expô-la de modo muito claro, muito aberto, na próxima quarta-feira”, declarou.
O dia 2 de agosto, ao qual o ministro se referiu, foi o primeiro dia do julgamento do mensalão. E o ministro admitiu os embargos infringentes quando o tribunal discutia o pedido dos advogados dos réus para que eles fossem julgados pela primeira instância da Justiça e não pelo Supremo Tribunal Federal. À época, o ministro disse: “Acha-se assegurada, nos processos penais originários instaurados perante o Supremo Tribunal Federal, a utilização dos embargos infringentes, privativos do réu, porque somente oponíveis a decisão não unânime do Plenário que tenha julgado procedente a ação penal”.
A intenção dele era rebater o argumento dos advogados de que os réus, se fossem julgados pelo Supremo, não poderiam recorrer da decisão. A próxima sessão, em que o ministro Celso de Mello irá proferir o seu voto e assim desempatar a sessão desta quinta-feira, está marcada para a próxima quarta-feira. G1