‘Ele estaria dormindo até agora’, diz Bolsonaro sobre soco em Randolfe

 ‘Ele estaria dormindo até agora’, diz Bolsonaro sobre soco em Randolfe

Integrantes de comissões da verdade tiveram acesso ao antigo prédio do DOI-Codi, no Rio. Antes da entrada, se formou uma confusão: os grupo de parlamentares não aceitou a presença do deputado Jair Bolsonaro.

Integrantes de comissões da verdade tiveram acesso, nesta segunda-feira (23), ao antigo prédio do DOI-Codi, no Rio. Foi um momento histórico.bolsonaro

Integrantes de movimentos sociais e do grupo “Tortura Nunca Mais” se reuniram em frente ao Batalhão de Polícia do Exército para acompanhar a visita. Dentro do quartel, na Tijuca, Zona Norte do Rio, funcionou o DOI-Codi, um dos centros de tortura na década de 1970.

Em agosto, representantes da Comissão Estadual da Verdade foram impedidos de entrar no local. Nesta segunda (23), eles estavam acompanhados da subcomissão da Verdade Memória e Justiça do Senado.

Todos foram recebidos pelo comandante do batalhão. Mas, antes da entrada, se formou uma confusão: o grupo de parlamentares não aceitou a presença do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), que não faz parte das comissões e é capitão da reserva do Exército.

Em um momento da discussão, o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), disse que Bolsonaro o agrediu na altura da cintura.

Os dois tiveram que ser contidos pelo grupo. Houve xingamento e empurra-empurra.

“Tentamos impedir a entrada dele, e aí o mecanismo de ataque por baixo como ele costuma utilizar, ele tentou mais uma vez fazer contra nós”, disse Randolfe Rodrigues, senador do PSOL.

“Houve troca de ofensas sim, houve ali, agressões verbais onde eu o empurrei por baixo, empurrei para poder entrar. Se eu tivesse dado soco nele, ele estava dormindo até agora”, afirmou Jair Bolsonaro, deputado federal do PP.

Depois, Jair Bolsonaro entrou no prédio, mas não participou da visita.

Foi a primeira vez que os integrantes das comissões tiveram acesso às dependências do Exército onde funcionou o DOI-Codi. Entre eles, um jornalista – que sofreu torturas lá – e que ajudou a identificar o local.

Álvaro Caldas foi preso político e durante uma hora guiou o grupo pelos lugares onde ocorriam as torturas. As comissões da verdade querem que o local seja transformado em um centro de memória.

“Que o estado brasileiro abra todos os seus centros de repressão para visitação publica, é isso que a gente quer, centro de memória, para que isso nunca mais aconteça nessa país”, declarou Cecília Coimbra, vice-presidente do Grupo Tortura Nunca Mais.

O PSOL declarou que vai protocolar representação contra o deputado Jair Bolsonaro por quebra de decoro parlamentar com agravante de agressão física a um senador da República. G1.globo.com

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