Prefeitura suspende atividades, em decorrência da infecção de servidores pela covid-19
Jornal que denunciou espionagem destaca ‘discurso furioso’ de Dilma
O jornal britânico The Guardian – que publicou desde junho denúncias sobre um esquema de espionagem em massa mantido pelo governo americano – destacou nesta terça-feira o “discurso furioso” da presidente Dilma Rousseff contra as denúncias de interceptação dos EUA ao Brasil, na abertura da Assembleia Geral da ONU, em Nova York. “O discurso furioso de Rousseff foi um desafio direto ao presidente Barack Obama (…) e representou a mais séria crise diplomática causada pelas revelações do ex-funcionário da NSA (Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos, na sigla em inglês) Edward Snowden”, escreveu o periódico em sua versão online.
O Guardian deu ênfase a vários trechos da fala da presidente Dilma, e lembrou que ela já havia cancelado a visita de Estado que faria aos EUA em outubro com o objetivo de demonstrar sua indignação diante das denúncias. Segundo o jornal, a líder brasileira deu voz a um “grito de guerra global contra o que ela retratou como o presunçoso poder do aparato de segurança americano”.
“Os esforços de Washington para amenizar a indignação brasileira sobre a espionagem da NSA foram, até agora, rejeitados por Rousseff, que propôs que os brasileiros construam sua própria infraestrutura de internet”, disse a publicação.
Segundo o Guardian, “como anfitriões da sede da ONU, os EUA já foram atacados pela Assembleia Geral muitas vezes no passado”. “Mas o que fez a denúncia de Rousseff ainda mais dolorosa diplomaticamente foi o fato de que ela foi feita em nome de um Estado grande, cada vez mais poderoso e historicamente amigável”.
Discurso de Dilma repercute na mídia internacional
Outros jornais também deram destaque às palavras da presidente brasileira hoje na ONU. A emissora britânica BBC ressaltou que Dilma chamou de “afronta” os casos de espionagem americana ao Brasil. O mesmo trecho foi sublinhado pelo jornal francês Le Monde.
O argentino Clarín disse que a presidente enviou uma “dura mensagem” contra os EUA. “Sabia-se que a mandatária enviaria uma dura mensagem devido à espionagem global norte-americana da qual ela foi pessoalmente vítima. E assim foi: ‘O ciberespaço não pode ser usado como uma arma de guerra’, sentenciou a chefe de Estado hoje em Nova York”, escreveu o jornal.
A emissora americana Fox News ressaltou o trecho em que Dilma falou que a espionagem é uma “violação dos direitos humanos”. O discurso também foi notícia no Washington Post e no Los Angeles Times, entre outros jornais.
Terra