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Chesfianos aderem ao PIDV e deixam a empresa em Paulo Afonso
Desde Julho deste ano que cerca de 1.300 chesfianos estão programados para deixar a empresa até dezembro, porque aderiram ao Plano de Incentivo ao Desligamento Voluntário – PIDV, em toda a empresa.
Em Paulo Afonso o número de demitidos chega a quase 250, dos quais, 30 já deixaram a empresa no mês de Julho, 25 no mês de agosto, 65 no mês de setembro e outros 49 deixaram os seus empregos na regional de Paulo Afonso – Paulo Afonso, Itaparica e Xingó, em solenidade realizada no memorial Chesf no dia 08 de outubro, com a participação da maioria dos que deixam a empresa e familiares.
Esta prevista ainda a demissão de 33 empregados chesfianos em novembro e outros 27 no mês de dezembro. “88 novos empregados estão sendo incorporados ao quadro da empresa”, disse Augusto Cézar, Administrador Regional da Chesf em Paulo Afonso.
Bosco anuncia que deixa a presidência da Chesf
No encontro, iniciado por uma vídeo-conferência a partir do Recife e transmitido pela intranet Chesf para todos os escritórios da empresa, falaram o diretor de Operação, Mozart Bandeira, o Diretor Econômico Financeiro, Marcos José Mota de Cerqueira, o diretor de Engenharia e Construção José Ailton de Lima e o diretor Administrativo, José Pedro de Alcântara Júnior, este falando diretamente de Brasília e o presidente João Bosco de Almeida.
Na fala do diretor José Ailton a sua confirmação de que também está deixando a empresa por adesão ao PIDV. Já Marcos Cerqueira também deixou no ar que deixa a empresa, sem dar mais detalhes e aproveitou para lembrar dos seus tempos de morador de Delmiro Gouveia e das freqüentes visitas ao Clube Paulo Afonso e o presidente João Bosco foi bem claro ao informar que estava deixando a empresa e que “no próximo encontro de despedida de outros colegas chesfianos, dia 11, talvez não esteja mais participando”.
Bosco disse ainda, sem explicitar os motivos de sua saída da presidência da Chesf que “como isso já acontece pela terceira vez, já estou me acostumando…”
O clima de despedida no memorial Chesf foi marcado por fortes emoções, abraços, lágrimas. Quase todos os que saíram da Chesf nesta data tinham mais de 40 anos de serviços prestados à empresa, como Edemir Rodrigues, que falou em nome de todos os que se despediam da hidrelétrica. Nilson Brandão, que preferiu não ir à solenidade, já passou dos 44 anos de trabalho mas, o mais velho chesfiano na ativa estava lá. Era Paulo Fernando, que trabalhou na empresa por 45 anos e 4 meses e deixa o Serviço de Material da empresa em Paulo Afonso onde ficou quase todo o tempo. Paulo, beira os 70 anos e ainda pensou em protelar a sua saída para 2014 mas, na última hora, decidiu sair agora com esse grupo do mês de outubro de 2013.
Todos mereceram um carinho especial da comissão organizadora do evento, funcionários da DRHP, de Paulo Afonso e dos seus gerentes que foram ali abraçá-los e entregar a cada um, um quadro “um crachá”, com uma mensagem. Todos também receberam brindes oferecidos pela diretoria da Chesf.
Antenor homenageado pela atuação no Luz para Todos
Uma homenagem especial ao chesfiano Antenor Sena quase desmonta o velho chesfiano acostumado ao trabalho em Xingó, no Serviço de Transporte onde estava ultimamente e pelas veredas do sertão, atuando no programa Luz para Todos.
A Secretária Executiva do Comitê Gestor desse programa do governo federal na Bahia, a psicóloga Marileide Brasil, entregou uma placa em nome deste órgão a Antenor e fez uma breve referência à importância do trabalho que esse grupo realizou em toda a Bahia “que tem 417 municípios e Paulo Afonso está em um extremo e precisávamos sair de um extremo ao outro do Estado para levar a luz elétrica e com ela melhor qualidade de vida para milhões de baianos. E o trabalho de Antenor foi tão marcante que virou seu sobrenome. As pessoas ligavam para saber do andamento do projeto e diziam – ‘quero falar com seu Antenor Luz para Todos’, disse Marileide.
Muito emocionado e passando esse sentimento para muitos dos presentes, Antenor falou um pouco desse trabalho. “Teve um tempo em que a gente percorreu 10 mil quilômetros em uma semana, até 1.500 quilômetros em um dia e o que nos alegrava e a gente até esquecia o cansaço era ver a alegria, o sorriso no rosto daquelas pessoas que viviam às escuras, à luz de candieiro, sem poder ter uma geladeira, ver uma novela, um programa na televisão. Isso era muito gratificante e nós mudamos a vida de mais de 500 mil famílias, mais de 2 milhões e meio de pessoas”, disse Antenor Sena.
Por Antônio Galdino
Fotos: Antônio Galdino