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Direção do PT nega desistência de candidatos à sucessão de Wagner
Enquanto setores do PT sinalizam a possibilidade de jogar a toalha frente à articulação em torno da pré-candidatura do secretário da Casa Civil, Rui Costa, ao governo da Bahia, a direção estadual da sigla nega que haja qualquer sinal de definição sobre o nome do partido para o pleito de 2014.
Em conversa com a Tribuna, o presidente regional da legenda, Jonas Paulo, frisou que ainda há um processo de construção de candidatura consensual e que os quatro pré-candidatos ainda estão no páreo até o final de novembro, quando uma resolução vai definir os rumos da sucessão. “Falo com eles quase todos os dias. Não haverá desistência. Haverá uma escolha, uma convergência”, assegurou.
Apesar do indicativo da direção estadual, nos bastidores correm rumores cada vez mais fortes de que Rui Costa é franco favorito na luta pela indicação do PT, assumindo a posição de predileto do governador Jaques Wagner. Ainda assim, José Sérgio Gabrielli, secretário estadual do Planejamento, o senador Walter Pinheiro e o ex-prefeito de Camaçari, Luiz Caetano, mantêm as articulações para uma virtual escolha, cada um sob o espectro de um grupo de petistas.
Destes, apenas o antigo chefe do Executivo camaçariense é colocado cada vez mais afastado do processo, sendo citado como uma das grandes apostas da sigla para disputar uma vaga na Câmara Federal. A própria candidatura de Gabrielli voltou a ganhar fôlego nas duas últimas semanas, quando lançou sua pré-candidatura.
Negada crise entre Lula e Wagner
Na órbita de decisão petista, há certa disputa de força para o peso das indicações de Wagner e Lula, porém todos os envolvidos negam haver o acirramento dos ânimos. Tanto que insistem na permanência dos quatro nomes no processo, incluindo Walter Pinheiro, que ainda circula como via alternativa e com maior recall eleitoral na última disputa, quando foi eleito senador.
Nos últimos dias, no entanto, a cobrança por definição feita por Pinheiro foi tratada por analistas políticos como um esforço para permanecer no debate, independente da ausência de um padrinho político de peso, como acontece com Rui Costa e Gabrielli.
Para Jonas Paulo, essas interpretações que circulam na imprensa são “fofoca e futrica, que não levam a lugar nenhum”. “O PT é um partido que tem instância e é ela que vai definir quem será o candidato. Continuam os quatro nomes e amanhã (hoje) vamos discutir a resolução que será apresentada no final de novembro com os requisitos para a escolha do candidato”, avisa.
Segundo ele, estão em análise critérios como competitividade, capacidade de unir o partido, lastro político e capacidade de aglutinação das forças aliadas. “É um processo de construção de uma chapa com os partidos aliados. Unanimidade no PT é impossível, mas estamos trabalhando para o consenso político”, ressalta o petista. Tribuna