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Lídice da Mata insiste em liderar base de apoio à sucessão de Jaques Wagner
Embora o governador Jaques Wagner (PT) tenha dado sinais claros de que uma suposta pré-candidatura da senadora Lídice da Mata (PSB) ao Palácio de Ondina em 2014 não represente a base no Estado, a líder estadual socialista insiste que pode ser a escolhida do gestor para dar continuidade ao projeto de sucessão do governo baiano.
Demonstrando tranquilidade em relação ao cenário, a senadora minimizou as declarações do governador concedidas à Tribuna e destacou que o jogo ainda segue indefinido, com várias possibilidades em campo. Lídice evidenciou a expectativa de que o seu nome pode somar e ser o indicado até o dia 15, prazo estipulado pelo chefe do Poder Executivo para anunciar o candidato à cabeça de chapa. “Até lá, o PSB vai lutar para eu ser a candidata da base”, disse.
Em conversa com a Tribuna, o governador afirmou que Lídice pertence à base, “mas no momento que ela sair candidata com uma candidatura nacional outra, não são duas candidaturas da base”. Em seguida, Wagner acrescentou que a senadora não vai subir ao palanque para defender a candidatura a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), mas a postulação ao Palácio do Planalto do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, presidente nacional do PSB, o que a separa do seu projeto. O movimento nacional de Campos provocou o desembarque oficial do PT da gestão pernambucana ontem.
Entretanto, a senadora contemporiza ao lembrar que Wagner falou apenas sobre hipóteses. “O governador está falando sobre futuro, é a expectativa de uma decisão que vier a ser tomada no caso de eu ser candidata. Vamos até o limite da estratégia que colocamos. O governador ainda não bateu o martelo”, afirmou.
Contudo, ao reconhecer a possibilidade de não entrar na seletiva, Lídice diz que não fará oposição a Wagner. “A não ser que decidam hostilizar o PSB, mas nem o governador, nem os partidos da base fizeram isso”, avaliou. A líder reiterou o fato de integrar historicamente o projeto do atual governo. “Os méritos deste governo também são meus”, frisou. Lídice se elegeu ao Senado na chapa liderada pelo gestor em 2010, mas desde o primeiro mandato compôs com o PSB a aliança do petista. “Tenho uma relação extraordinária política e pessoal com o governador e não vejo nada no horizonte que possa abalar a afetividade e a amizade existente”. Segundo ela, no campo político as divergências são naturais. A senadora ainda lembrou que ela não é a única candidata fora do PT, partido do governador. “O presidente da Assembleia, Marcelo Nilo, lançou sua pré-candidatura há poucos dias”, citou.
Tribuna
por Lilian Machado