PT pernambucano decide entregar cargos no governo Campos

 PT pernambucano decide entregar cargos no governo Campos

Decisão aconteceu depois de Eduardo Campos acirrar suas críticas à administração DIlma Roussef e o PSB deixar o governo federal (Beto Barata/AE)

Após uma reunião de quatro horas, o PT de Pernambuco decidiu entregar todos os cargos que tem no governo de Eduardo Campos (PSB), virtual oponente de Dilma Rousseff na corrida presidencial de 2014. Segundo o deputado federal e presidente do PT pernambucano, Pedro Eugênio, 56% dos representantes de diretórios do estado votaram a favor da retirada dos petistas da administração. Ele explicou ainda que um grupo defendia que o tema fosse mais discutido e que a decisão fosse levada para uma comissão, com um número menor de pessoas. Porém, a maioria decidiu pelo prosseguimento do debate.

Decisão aconteceu depois de Eduardo Campos acirrar suas críticas à administração DIlma Roussef e o PSB deixar o governo federal (Beto Barata/AE)
Decisão aconteceu depois de Eduardo Campos acirrar suas críticas à administração DIlma Roussef e o PSB deixar o governo federal (Beto Barata/AE)

Perguntado se a retirada dos colaboradores petistas do governo de Pernambuco seria uma resposta do Partido dos Trabalhadores à decisão do PSB, que neste mês resolveu deixar o governo Dilma Rousseff, o deputado disse que é mais do que isso: “É mais que uma resposta porque, se o PSB tivesse deixado o governo apenas para ter mais liberdade para promover suas discussões (sobre a virtual candidatura de Eduardo Campos), como eles disseram, estava tudo bem”.

O problema, de acordo com Eugênio, é que depois que saiu do governo, o PSB aprofundou posições políticas que mostram uma total divergência do partido em relação ao governo petista. “Houve uma proximidade muito grande do PSDB com Aécio. Parece que está se formando uma ampla frente nacional contra o governo do PT”, disse o deputado, que também citou as críticas feitas ao governo pela ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva.

Na sexta-feira, a situação política de Pernambuco já havia sido discutida pelo PT Nacional em reunião comandada pelo presidente do partido, Rui Falcão, em São Paulo. No encontro paulista ficou acertado que a decisão deveria ser tomada pelo Diretório Estadual.

(Com Estadão Conteúdo)

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