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São Francisco de Assis: “Onde houver discórdia, que eu leve a união”
O mês de outubro se inicia e traz consigo belas festividades para o padroeiro de nossa cidade, São Francisco de Assis. São missas campais, cânticos, barracas típicas e outros movimentos de nossa comunidade que buscam reacender a chama de nossa fé.
Acredito, então, que este seja um mês especial, justamente por nos proporcionar uma pausa em nossas inúmeras atribuições cotidianas. Sempre envoltos nos afazeres com o trabalho, família, colégio ou faculdade, é importante observar a necessária reflexão sobre a vida.
Para tanto, inspiro-me nas lições deixadas por São Francisco como exemplo a ser seguido e, aqui, tomando como paralelo minha vivência jurídica do dia-a-dia, posso afirmar que este foi um grande homem.
Giovanni di Pietro diBernardone, mais conhecido como São Francisco de Assis (Assis, 5 de julho de 1182 – 3 de outubro de 1226), foi um frade católico da Itália. Depois de uma juventude irrequieta e mundana, voltou-se para uma vida religiosa de completa pobreza, fundando a ordem dos Frades Menores, mais conhecidos como Franciscanos, que renovaram o Catolicismo de seu tempo.
Com o hábito da pregação em diversos lugares, quando os religiosos de seu tempo costumavam fechar-se em mosteiros, e com sua crença de que o Evangelho devia ser seguido à risca, imitando-se a vida de Cristo, desenvolveu uma profunda identificação com os problemas de seus semelhantes e com a humanidade do próprio Cristo.
Sua atitude foi original também quando afirmou a bondade e a maravilha da Criação num tempo em que o mundo era visto como essencialmente mau, quando se dedicou aos mais pobres dos pobres, e quando amou todas as criaturas chamando-as de irmãos.
Alguns estudiosos afirmam que sua visão positiva da natureza e do homem, que impregnou a imaginação de toda a sociedade de sua época, foi uma das forças primeiras que levaram à renovação dafé.
Para Francisco, a pobreza não era um objetivo, mas antes um instrumento pelo qual se podia obter a purificação necessária para a habitação de Deus no interior de cada um e para a perfeita comunhão com o semelhante, metas frente às quais todas as outras considerações eram inferiores. O outro instrumento privilegiado para isso era a imitação do exemplo de vida dado por Cristo nos Evangelhos e, para tanto, a obediência era fundamental. Cristo fora pobre e, assim, os irmãos também o seriam, e ela devia ser entendida por todos os seus companheiros como fonte de verdadeira graça e alegria.
Interessante afirmar, ainda, que sua paciência e bondade para com todos fizeram com que fosse procurado constantemente por pessoas de todas as posições sociais que iam a ele em busca de conselho e orientação, e a todos aconselhava na melhor forma de alcançar a salvação na condição em que se encontravam, alegrando-se em ver que suas palavras davam frutos positivos e que os costumes se iam reformando aos poucos.
A própria oração de São Francisco revela-se um grande instrumento na busca pela pureza do ser humano. Diz ela, em uma das passagens, que “onde houver discórdia, que eu leve a união”.
Assim, considerando as inúmeras lições desse grande homem, é importante usarmos o seu exemplo de pobreza e amor para melhorar o nosso cotidiano. Talvez, então, inúmeros problemas de um casal, entre vizinhos ou entre amigos, que acabam por entrar no Judiciário pudessem ser evitados e resolvidos de forma mais branda.
POR RAFAEL SANTANA.
Advogado. Titular do Escritório “Rafael Santana Advogados Associados”.
Sócio do Escritório “Andrade & Santana Advogados Associados”.
Professor de Direito Constitucional e Previdenciário da Fasete.