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Odebrecht e Gabrielli negam que haja irregularidade em contrato do PAC
A Odebrecht negou ontem qualquer irregularidade com o contrato PAC SMS, firmado por iniciativa da Petrobras em 2010, quando a empresa estatal era administrada pelo baiano José Sérgio Gabrielli. A transação, da ordem de US$ 825,6 milhões, é alvo de investigação por parte do Ministério Público do Rio de Janeiro, segundo denunciou o jornal o Estado de São Paulo.
De acordo com a publicação paulista, o contrato, de número 6000.0062274.10.2, foi “reduzido quase à metade neste ano, na gestão (da atual presidente da Petrobrás, Maria) Graça Foster. Grande parte dos 8.800 itens apresentavam indícios de irregularidades”. O corte interno já teria resultado em uma economia de US$ 344 milhões, segundo o Estadão.
Atualmente ocupando a secretaria de Planejamento do Estado, Gabrielli afirmou que quem pode falar sobre o assunto é a Petrobras. “È uma matéria requentada de três anos atrás, com olhar tipicamente eleitoral. Saí de lá há um ano e sete meses, portanto quem deve falar sobre o assunto é a diretoria atual.”
De acordo com o Estado, o contato do PAC SMS prever serviços nas áreas de segurança e meio ambiente em dez países. Inclui pagamento, na Argentina, de R$ 7,2 milhões pelo aluguel de três máquinas de fotocópia, de R$ 3,2 milhões pelo aluguel de um terreno próprio e salário mensal de pedreiro de R$ 22 mil nos Estados Unidos, segundo documentos sigilosos da companhia obtidos pelo Broadcast.”
Por meio da assessoria, a Odebrecht negou “veementemente” qualquer irregularidade nos contratos firmados com a Petrobras, argumentando que foram “conquistados legitimamente por meio de concorrências públicas. A empresa não foi envolvida e desconhece o questionamento da auditoria da Petrobras em relação ao contrato PAC SMS.
O valor contratado foi diretamente afetado pela redução de escopo do contrato decorrente do plano de desinvestimentos da Petrobras”. Reportagem do Estadão sustenta que o corte feito pela atual administração aconteceu depois de crivo de auditoria interna da Petrobras, que “considerou a contratação equivocada e recomendou sua revisão”.
Da Tribuna