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Na Bahia, 12% dos imóveis são vendidos através de consórcios. Saiba vantagens, cuidados e taxas dos principais bancos
Comprar um imóvel não é uma tarefa fácil. Conciliar a moradia ideal com um bom negócio, às vezes, leva anos de pesquisa. Em tempos de supervalorização dos imóveis no Brasil, a compra de um bem material tão valoroso, mesmo que pequeno, requer atenção na procura. Além de pesquisar localização, preço e tamanho, é preciso ficar atento às condições de pagamentos.
O tradicional financiamento através de bancos está dividindo, cada vez mais, espaço para os consórcios. Na Bahia, o consórcio representa 12% dos contratos de imóveis firmados pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) no primeiro semestre de 2013, de acordo com pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac). Em todo o país chegou-se ao montante de 690 mil consorciados entre os meses de janeiro e agosto deste ano.
Além de não exigir um valor de entrada, a forma alternativa de investimento em imóveis está atraindo cada dia mais olhares por não ter a temida taxa de juros que nos financiamentos aumenta em muitas casas decimais o valor do imóvel na planta.
Isso porque a única taxa paga pelos consorciados é o valor destinado à administração do consórcio, pago à empresa ou ao banco responsável por arrecadar o dinheiro de cada pessoa.
No consórcio imobiliário, a administradora apenas reúne um grupo de pessoas com o objetivo comum de comprar o mesmo bem. Não há dinheiro cedido por banco. Apenas o arrecadado entre os participantes garante que, a cada mês, um dos membros do grupo seja sorteado para receber a chave do imóvel.
Condições
Imóveis de baixo, médio e alto padrões podem ser comprados através de consórcios com pagamento de até 200 meses, com parcelas mensais que costumam variar entre R$ 200 e R$ 3 mil. A modalidade, no entanto, não é indicada para todo tipo de perfil de consumidor. Se a pessoa tem pressa para se mudar, o consórcio pode ser frustrante. Caso não seja contemplado em algum sorteio, a entrega do imóvel pode demorar mais tempo do que o planejado da aquisição.
O consórcio é uma boa alternativa também para quem não consegue poupar e guardar dinheiro, já que as parcelas são mensais. Outra possibilidade interessante é para quem pode dar um lance alto logo após ter firmado contrato com a administradora. O ideal é poupar, no mínimo, 25% do valor do imóvel para dar o lance e pegar as chaves do imóvel antes do sorteio.
Neste caso, o FGTS também poderá ser usado. “É possível utilizá-lo também para complementar o pagamento do bem adquirido, para amortização ou liquidação do saldo devedor ou, ainda, para pagamento de parte das prestações”, como explica o gerente regional da Caixa em Salvador, Vivaldo de Oliveira Neto.
Na Caixa, por exemplo, um financiamento de R$ 100 mil em 120 meses implica numa prestação inicial em torno de R$ 1.630, já uma carta de consórcio no mesmo prazo e valor projeta uma prestação de aproximadamente R$ 1.060.
Por Jorge Gauthier