Eleições 2014 – Geddel para senador e Paulo Solto para governador

O ex-governador Paulo Souto (DEM) esteve ontem que nem pinto no lixo, como se diz na política, durante a reinauguração do Plano Inclinado Gonçalves, pelo prefeito ACM Neto (DEM) e a turma da Prefeitura de Salvador. Primeiro evento público da Prefeitura de que Souto participa desde o início da gestão do democrata na Prefeitura, a iniciativa do ex-governador foi vista como seu verdadeiro reingresso na política, visando à candidatura ao governo do Estado em 2014. No ato, até foto com baiana Souto tirou. Na contramão, foi notada a ausência do peemedebista Geddel Vieira Lima, que costumava acompanhar Neto em vários eventos públicos da Prefeitura e, pelo visto, quer também concorrer ao governo baiano. A justificativa ouvida foi que o ex-ministro do PMDB estava com dor na garganta, o que havia inviabilizado sua presença.

Embora o prefeito ACM Neto (DEM) tenha declarado que não há nada decidido sobre o candidato da oposição para o Palácio de Ondina, as conversas mostram que um sim do ex-governador Paulo Souto (DEM) teria mobilizado parte do DEM a buscar táticas para convencer o ex-ministro Geddel Vieira Lima a compor a vaga ao Senado.

O presidente do PMDB baiano, Geddel Vieira Lima, tem colocado desde 2013, o desejo de ser o representante do grupo na cabeça de chapa para as eleições. Nos bastidores, fontes confirmaram que o ex-governador Paulo Souto, que até então não havia decidido sobre postular, provocou um movimento ao anunciar para o prefeito e para lideranças do partido, na última semana, que estaria disposto a concorrer. Diante disso, Souto e deputados da sigla teriam se reunido para tratar dos próximos passos políticos, inclusive, discutirem as estratégias para articular a chapa, mantendo a aliança com um dos fiéis da balança, o PMDB.

O líder do Democratas na Assembleia, Carlos Gaban disse que não se pode lançar uma chapa de uma hora para outra.  “Há muita expectativa em torno da candidatura e isso aumenta a responsabilidade. Tem que ter cuidado com a nossa chapa” afirmou. Segundo ele, a única conclusão que saiu das reuniões realizadas pelo grupo é de que a oposição não pode sair desunida.

Da Tribuna