Candidatura de Mário Negromonte (PP) a uma vaga no Tribunal de Contas dos Municípios parece ter subido no telhado

Mesmo para deputados governistas, a candidatura do deputado federal Mário Negromonte (PP) a uma vaga no Tribunal de Contas dos Municípios parece ter subido no telhado por causa de revelação da revista Veja desta semana de que, junto com o colega Luiz Argolo, ele esteve disfarçado na casa do doleiro Alberto Yousseff, investigado na Operação Lava Jato, da Polícia Federal.

Problemático

A um deputado governista que questionou ontem Wagner, na Assembleia, sobre o caso de Negromonte, depois das revelações da revista Veja, o governador teria dito que a situação não mudava em nada seu compromisso em indicá-lo a uma vaga no TCM. O governador admitiu, entretanto, que, dos três indicados, Negromonte passou a ser aquele que ficou em situação mais delicada no processo de aprovação na Assembleia.

Informações

Aliás, por falar em Mário Negromonte, os comentários cada vez mais constantes são de que foi por causa de seu envolvimento com o doleiro Alberto Yousseff que ele foi trocado de última hora da posição de candidato a vice na chapa de Rui Costa (PT) pelo colega de partido e bancada João Leão. Por ser governador e do PT, Jaques Wagner teria recebido informações antecipadas do governo federal a respeito do ex-candidato, já que a Lava Jato foi conduzida pela PF.

Reação

A decisão de Jaques Wagner (PT) de ir à Assembleia ontem, no gabinete do presidente, Marcelo Nilo, atender a deputados com o estrito objetivo de remover os obstáculos à aprovação de seus indicados aos Tribunais de Contas do Estado indignou ainda mais a bancada oposicionista. O líder do grupo na Casa, deputado Elmar Nascimento, prometeu reagir à altura à ação do governador.

Da Tribuna