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Eleições 2014: Propaganda partidária na Bahia esquenta pré-campanha às eleições
A campanha eleitoral só começa após as convenções a serem realizadas até 30 de junho, mas os pré-candidatos à corrida majoritária estadual já apostam nos horários das propagandas dos partidos, veiculadas no rádio e na televisão para mostrarem seus rostos e apontarem a estratégia de atração do eleitorado.
Os pré-candidatos do governo, Rui Costa (PT) e da oposição, Paulo Souto (DEM) já fizeram uso do artifício pré-eleitoral para conquistar espaço. Na disputa para o Senado, Geddel Vieira Lima (PMDB) também recorreu à brecha partidária para mostrar seu discurso, usando inclusive uma mensagem de apoio daquele que pode ser um dos maiores cabos eleitorais, o prefeito ACM Neto (DEM).
O PT não deixou por menos e aproveitou o mandato de deputado federal de Rui Costa para justificar seu aparecimento no horário da sigla. A chapa socialista com Lídice da Mata (PSB) para o governo e Eliana Calmon para o Senado vai aparecer em inserções nos próximos dias 19 e 22.
Os comerciais têm gerado repercussões. A propaganda de Souto com o prefeito, em que ambos falam do modelo de gestão, “encorajado” pelo ex-governador para a prefeitura de Salvador, foi criticada pelo governador Jaques Wagner (PT).
“Não sei se rio ou se choro quando um homem maduro vai para televisão para dizer que é preciso estabelecer metas e cobrar resultados”. O presidente estadual do PT, Everaldo Anunciação, também ironizou. “Não estamos falando de uma pessoa sem experiência. Ele teve a oportunidade de fazer e não fez. Por isso não pode cobrar de nós que fizemos muito mais”, atacou.
Comerciais elevam o tom de rivalidade
Apesar de os pré-candidatos não aparecerem, chamou a atenção essa semana o comercial exibido pelo PT, em que se associam imagens de miséria e desemprego com uma “volta ao passado”. A propaganda gerou reações oposicionistas. No cenário baiano, o deputado federal Antonio Imbassahy (PSDB) disse que as inserções “impõem medo à população, com o objetivo de reverter a tendência de queda da presidente Dilma, nas pesquisas”.
“Na verdade, essa atitude nada mais é do que a clara demonstração do fracasso de uma gestão melancólica, envolvida em escândalos de corrupção desde seu início e carente de competência para fazer o país avançar, crescer. É um partido em evidente decadência, um morto vivo da política brasileira”, disparou o tucano.
O presidente estadual do DEM, deputado Paulo Azi, também criticou. “É um sinal claro de desespero. Eles estão pressentindo a derrota e estão partindo para uma campanha de ameaça com a população”, avaliou.
Azi rebateu a crítica de Wagner ao comercial democrata. “Ele tem é que chorar porque ele não sabe o que significa isso (estabelecer metas e cobrar resultados). Nós vamos rir muito é quando ele colocar a cara ao lado do candidato dele, se é que vai ter coragem e seus marqueteiros vão deixar”, disparou.
A pré-candidata ao Palácio de Ondina, Lídice da Mata (PSB), disse que as inserções do DEM e do PT não apresentam novidades. “O DEM vem sempre atacando o governo e no lado do PT o que existe é uma promoção institucional”, frisou.
Ela pretende mostrar-se como opção diferenciada no cenário. Nesse clima, a disputa já se intensifica na Justiça. Depois que o PT conseguiu suspender, através de liminar, as inserções de propaganda política do PMDB, com ACM Neto, os petistas que estão na mira da Justiça.
Foi considerada propaganda antecipada a peça publicitária que traz Rui Costa como garoto propaganda do PT e a Justiça pediu a suspensão da veiculação nas emissoras baianas.
Da Tribuna