Prefeitura suspende atividades, em decorrência da infecção de servidores pela covid-19
Mudança no trânsito
Um dos cuidados de quem escreve é evitar usar o precioso e nobre espaço do site em benefício próprio. Mas, como na sombra do jacaré, lagartixa bebe água (dito este apreciado pelo pastor Genilson Souto), vai o comentário. Sim, o empenho de quem ocupa espaço de alguma relevância deve ser o espírito de ministrar. Ministrar significa primordialmente servir. Ministro é – deve ser – aquele que serve. Alguns vencem todas as dificuldades – na maioria das vezes são muitas -, e servem. Irmã Dulce serviu. Começou a servir em um galinheiro velho e serviu. O seu ministério se impôs e cresceu. Quando cresceu, começou a amealhar apoio. Pessoas, bem intencionadas ou não, foram se agregando.
Bem menino em Salvador, pude ver a franzina freira algumas vezes a se arrastar fragilmente pelas ruas estreitas de Salvador coletando esmolas para amparar os pobres. Vi algumas pessoas se esconder para escapar do assédio, santo e bendito assédio da religiosa. A visão e o conceito sobre o alcance das Obras de Irmã Dulce são bem diferentes agora. A minha mãe morreu e as minhas irmãs se recusavam a entrar no seu apartamento. Durante sete meses, por despojo, ocupação ou sensível respeito, não entraram. Desci a Salvador, e entrei eu. Amealhei quase tudo que havia lá dentro e entreguei nas Obras Assistenciais de Irmã Dulce. Por trinta e seis anos, a minha mãe morou no Bomfim, pertinho da igreja. Passávamos pela Avenida dos Dendezeiros e éramos testemunhas de quantas e tantas pessoas atendidas nas obras sociais.
Escrever tem disso: a escrita às vezes descamba para fora do tema pensado. A intenção era ponderar sobre as mudanças anunciadas no trânsito de Paulo Afonso. Quero crer que o leitor concorda que falar sobre a Irmã Dulce valeu a pena. Como ela, muitas irmãs dulces ministram na nossa cidade. Sabemos existirem. Sabemos haver. Nós as vemos (a eles também). Apreciamos a renúncia que assumem para servir. Deus há de sempre abençoá-las.
Sobre o trânsito, e como usuário da Travessa João Goulart, perto da residência da minha sogra, a quem procuro ministrar na medida da minha pequinês, e por quem sou muitas vezes ministrado, um apelo a Francisco, encarregado do setor do trânsito da Prefeitura. Francisco: transforme a travessa para mão inglesa! Vamos lá, homem! Por que não? Existe uma via de mão inglesa em frente à Sorveteria Natura que funciona, até onde posso observar, sem problemas. Aproveite a oportunidade para que quem sobe a Contorno, e tem que ir para o Sete de Setembro, não tenha que avançar até a Praça da Igreja do Perpétuo Socorro, gastando tempo e combustível preciosos.
Não creio haver óbice para tal. Nem inconveniência. A visão de quem sobe e pode virar pela João Goulart realmente não é das melhores. Mas o quebra-molas quase em frente da casa do ex-prefeito de Glória, Alcântara, resolve o problema.
Esta é apenas uma sugestão de um cidadão do canto sublime da sua cidadania em tempos de paz e democracia.
Francisco Nery Júnior
2 Comments
Caro mestre, peço vênia por usar um pseudônimo nesse conceituado Site, coisa que não é do meu feitio, mas razões imperiosas se impõem. Creio que se lembrará de quem sou, da nossa última conversa no Instituto São Francisco, onde proseamos agradavelmente sobre temas diversos, quando lhe “batizei” com o epíteto de “Consciência de PA”; muito gostaria que esses encontros fortuitos acontecessem mais amiúde, de preferência em locais mais adequados para um bom papo… Mas igual ao Mestre, tergiverso. O assunto é o nosso caótico trânsito, que de embolado, confuso e muitas vezes incompreensível na sua lógica de se complicar o que poderia ser simples não deve nada a muita capital. Qualquer mudança que traga racionalidade ao vuco-vuco de carros é bem-vinda. Só não entendo porque ainda não passou pela cabeça de quem tem poder de decisão de trocar a placa de mão pela de contramão desatar o nó que é a rotatória da entrada da cidade. Ou não tem a mínima ideia do que fazer, ou não está nem aí, ficando longe dos horários em que aquilo vira uma Bombaim… Dindim não falta, vide o investimento em “lombadas eletrônicas”, neologismo para “máquinas de fazer dinheiro com multas”. Talvez, se o Mestre se interessasse, e batesse repetidamente nessa tecla, quem sabe só pra se livrar do incômodo “Grilo” a lhe sussurrar o certo a fazer, esse brilhante estrategista do vai-e-vem atentasse que a melhor solução, já testada e aprovada há anos em outras cidades, é justamente o sinal de três ou mais tempos? Talvez, para o “gênio”, seja complicado demais qualquer coisa além de verde prum lado – vermelho pro outro… Um último apelo: nossa identidade fica restrita a um tête-a-tête, all right?
Nobres leitores: Primeiro, licença para mandar um abraço para o nosso já popular Grilo Falante, entusiasta da nossa querida cidade. Leitor, escrevi esta matéria com pressa, no fim do dia, já cansado e numa máquina que não me ajudou: receita certa para o fracasso. Por amor a você, e em consideração aos estudantes de português, reescrevi a matéria que creio estar bem melhor. Já remeti para o nobre redator, Creio que em breve ele fará a reposição.