Prefeitos pedem ao governo reajuste nos repasses de programas federais

 Prefeitos pedem ao governo reajuste nos repasses de programas federais

Presidente de confederação de municípios se reuniu com três ministros. Encontro foi determinado por Dilma Rousseff após Marcha dos Prefeitos.

O presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, se reuniu nesta terça-feira (20) com os ministros Guido Mantega (Fazenda), Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Ricardo Berzoini (Relações Institucionais) para reivindicar um reajuste de acordo com a inflação nos valores repassados por programas federais executados por prefeituras.presidente da cnm

A reunião foi uma determinação da presidente Dilma Rousseff, depois de ter recebido na semana passada, no Palácio do Planalto, integrantes da XVII Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios. Os prefeitos se reuniram em Brasília entre os dias 12 e 15 de maio e consolidaram uma carta de reivindicações, entregue à presidente.

Na ocasião, Ziulkoski apresentou a Dilma a principal reivindicação da marcha: o aumento de dois pontos percentuais no Fundo de Participação dos Municípios (FPM), de 23,5% para 25,5% do arrecadado pela União com Imposto de Renda e Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI).

Segundo Ziulkoski, as negociações com os ministros continuarão numa nova reunião, prevista para a próxima semana.

Repasses de programa federais

O presidente da confederação disse que pediu aos ministros o reajuste nos repasses a prefeituras da verba de programas federais porque, segundo ele, esses valores estão defasados.

“[O governo federal] cria o programa, o município adere por convênio e fica depois aquilo estagnado, não aumenta o valor”, reclamou Ziulkoski.

Ele citou o exemplo do Saúde da Família, programa que monta uma equipe para atendimento de saúde básica nos municípios. Segundo Ziulkoski, cada equipe, com um médico, um enfermeiro e um auxiliar de enfermagem, custa certa de R$ 40 mil ao mês para o município.

O governo, no entanto, repassa os mesmos valores desde quando o programa foi criado (entre R$ 7 mil e R$10 mil) por mês, segundo Ziulkoski. “O município tem de tirar R$ 32 mil por mês do seu orçamento, que ele não tem para complementar, e assim são 390 programas do governo federal”, afirmou.

ISS

A CNM defende também a revisão da lei complementar 116, que trata do Imposto Sobre Serviços (ISS), em principalmente três pontos.

Os prefeitos pedem que o ISS de cartões de crédito sejam cobrados no local onde os produtos foram comprados. Atualmente, o imposto fica somente para o município onde está a sede da administradora do cartão, não onde o serviço é prestado.

Eles também reivindicam alteração semelhante nos contratos de leasing cujo ISS também fica para a cidade onde está o escritório central e querem ainda a incidência do imposto em outros 17 serviços não tributados atualmente. Do G1, em Brasília

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