Aécio: ‘Irregularidades na Petrobras são crime de lesa-pátria’

 Aécio: ‘Irregularidades na Petrobras são crime de lesa-pátria’

Em visita ao Vale do Aço, em Minas, Aécio fez carreata por Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo (Felipe Cotrim/VEJA.com)

Em Minas Gerais, candidato tucano diz que as autoridades que investigam caso estão se aproximando do ‘grande núcleo de corrupção’ da estatal

Em visita ao Vale do Aço, em Minas, Aécio fez carreata por Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo (Felipe Cotrim/VEJA.com)
Em visita ao Vale do Aço, em Minas, Aécio fez carreata por Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo (Felipe Cotrim/VEJA.com)

O candidato do PSDB à presidência da República, Aécio Neves, disse neste sábado, em ato público na cidade mineira de Ipatinga, que a sucessão de irregularidades na gestão dos negócios da Petrobras “é um crime de lesa-pátria”. De acordo com o tucano, as novas revelações de que o ex-diretor de Serviços e Engenharia da Petrobras, Renato Duque, e o ex-diretor da área Internacional, Nestor Cerveró, também tinham nacos de poder na estatal para praticar desvios indicam que as autoridades que investigam a estatal “estão chegando perto do grande núcleo de corrupção da empresa”. Aécio, porém, evitou ligar os ex-diretores ao ex-presidente Lula e ao ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, que tiveram influência direta nas duas indicações.

Reportagem do jornal Folha de S. Paulo deste sábado revelou que Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, citou os dois colegas de trabalho em depoimento à Polícia Federal e ao Ministério Público, ligando-os a possíveis irregularidades na estatal.

“Agora sim estão chegando perto do grande núcleo de corrupção daquela empresa. Essa investigação tem de ser aprofundada. O ex-diretor Paulo Roberto Costa [que acordou uma deleção premiada com o Ministério Público Federal do Paraná para revelar desvios de dinheiro e corrupção na Petrobras] já está deixando muita gente com dor de cabeça e sem dormir. Quando se aproximarem do Duque, muita gente vai ter uma grave insônia. O que fizeram com nossa maior empresa pública é um crime de lesa-pátria e não tem mais história malfeita”, disse o candidato tucano, em referência ao costume da presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff, de classificar as irregularidades de “malfeitos”.

“Isso é crime e crime tem de ser punido. Aqueles responsáveis pela condução, direção e governança da maior empresa pública brasileira devem ter sua parcela de responsabilidade”, completou.

Ascensão – De acordo com Aécio, pesquisas internas do partido começaram a detectar o início do crescimento do candidato em Estados do Nordeste do país e apontaram que, em São Paulo, ele teria obtido mais 4 pontos porcentuais em intenções de voto.

Em visita ao Vale do Aço, em Minas, onde fez carreata por Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo, Aécio Neves voltou a criticar o que classifica como “a irresponsabilidade da atual política econômica que levou o país à recessão, desindustrialização e alta inflacionária”. Se eleito, ele disse que vai atrair novos investimentos, desenvolver uma política industrial e criar políticas de simplificação tributária.

Correios – O candidato do PSDB também falou, em visita ao leste de Minas Gerais, que seu partido vai apresentar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e à Procuradoria da República do Distrito Federal uma representação contra a presidente Dilma Rousseff por abuso de poder político e improbidade administrativa. De acordo com ele, na tentativa de alavancar votos, em busca da reeleição, Dilma usou irregularmente os Correios para distribuir material de campanha. “Essa visão patrimonialista do PT de considerar as empresas públicas seu patrimônio precisa ter um fim”, reiterou.

Nesta semana, reportagem do jornal O Estado de S. Paulo mostrou que, contrariando norma da própria estatal, os Correios distribuem panfletos de campanha da presidente-candidata Dilma sem chancela ou comprovante de postagem oficial – o que impede a comprovação de pagamento para o envio da propaganda eleitoral. Ao menos 4,8 milhões de panfletos petistas foram distribuídos desse modo. Sem a chancela, contudo, é impossível saber ao certo se a quantidade de material enviado corresponde ao que foi pago pelo partido. http://veja.abril.com.br

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