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Dirigentes da Univasf recebem representantes do Ato Nacional Plebiscito Constituinte e respondem à consulta popular
Os dirigentes da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), reitor Julianeli Tolentino de Lima e o vice-reitor Telio Nobre Leite assinaram, na tarde de segunda-feira (1º/9), lista de votação que pretende reunir dez milhões de assinaturas em todo o País até o dia 7 de setembro. O Plebiscito Constituinte foi levado à Reitoria da Univasf por representantes do movimento na região, Felipe Augusto de Souza e Amanda Seixas. Mesmo sem efeito legal, a ação segundo os representantes do movimento, visa acelerar as discussões sobre a Reforma do Sistema Político brasileiro, anunciada no ano passado, durante as manifestações populares, entre os meses de junho e julho, e que reacenderam o debate junto às organizações sociais e ao Governo. “A nossa posição foi sempre de apoiar os movimentos sociais de uma forma apartidária. As causas são pertinentes e justas, e através de um plebiscito popular como este poderemos promover as mudanças”, argumentou Julianeli Tolentino.
Você é a favor de uma Constituinte Exclusiva e Soberana sobre o Sistema Político? Este é o tema da consulta que está sendo colocada para a população. Na pauta estão questões sobre financiamento de campanhas políticas, assunto que vem despertado a atenção de diferentes entidades, como associações sindicais e o movimento estudantil. Felipe e Amanda que também são alunos da Univasf e membros do movimento Levante Popular da Juventude, destacaram a importância do encontro com a Reitoria da Univasf porque avaliam que a universidade é uma instituição de visibilidade regional. “A Univasf representa hoje um centro de desenvolvimento para a região, e o fato de a administração da universidade estar apoiando esta causa dá mais importância ao nosso plebiscito, então é um exemplo para outras instituições e justifica cada vez mais a necessidade da reforma política em nosso País”, ressaltou.
Para Felipe, o foco do movimento no financiamento de campanhas políticas tem como base o envolvimento do setor privado em candidaturas. “É o setor privado interferindo na política de nosso País, nós queremos um financiamento público de campanha”, salienta. A proposta também defende a ampliação da participação das mulheres e das populações negra e indígena na política, bem como maior representação da juventude, entre outros segmentos considerados à margem do atual sistema eleitoral.
A agenda de mobilização na região inclui visitas a instituições, 480 urnas de votação em 40 municípios, além da recepção de votos por meio eletrônico. O resultado do plebiscito que encerra no domingo (7) será encaminhado ao comitê nacional até o dia 14.“Nós queremos mostrar quantas pessoas no Brasil são a favor de uma reforma política, queremos mostrar mobilização social e qual é o desejo do povo brasileiro, nós queremos entregar o resultado do nosso plebiscito em mãos, em Brasília, para que pressione as autoridades dos poderes Legislativo, Executivo, Judiciário, para que a reforma aconteça”, assevera Felipe de Souza.
Após assinar a lista de votação, o vice-reitor Telio Leite elogiou a amplitude do movimento que reúne cerca de 400 organizações sociais. “Este ato demonstra a capacidade de articulação, mobilização e pressão sobre os poderes constituídos e como os mecanismos de participação popular podem intervir para a construção de uma sociedade menos desigual”, disse Telio Leite. O Plebiscito Popular pela Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político foi aprovado em setembro de 2013 pela Plenária Nacional dos Movimentos Sociais.
Klene Barreto de Aquino