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Dilma admite que pode fazer um referendo sobre reforma política
Parlamentares reagiram à proposta de um plebiscito da presidente Dilma. Em um plebiscito, a população é consultada antes do tema ser votado.
A presidente Dilma Rousseff admitiu, na noite de terça-feira (28), que pode fazer um referendo para discutir a reforma política. A proposta inicial, um plebiscito, recebeu críticas.
No primeiro dia de trabalho depois das eleições, os parlamentares reagiram à proposta da presidente dilma de fazer um plebiscito sobre a reforma política. Em um plebiscito, a população é consultada antes do tema ser votado no Congresso. A oposição criticou a ideia.
“É mais uma tentativa de reduzir a força do Congresso Nacional. Têm que ser formatadas as reformas no Congresso Nacional para, em seguida, sim, ouvir a população. E não ela mandar direto do Executivo uma proposta sem que haja um debate na Câmara dos Deputados ou no Senado Federal”, diz Antonio Imabassahy, líder do PSDB na Câmara.
A oposição defende fazer um referendo: quando a população tem a oportunidade de dizer se aceita ou não a proposta já aprovada pelos parlamentares. É uma especie de aval à decisão do Congresso. Mas essa possibilidade não agrada os governistas.
“O povo deve dizer o que quer, entre outros aspectos, de uma reforma tão importante como essa. É por isso que nós queremos que o Congresso ouça o povo. Não diga amém ou não ao Congresso, mas que o povo diga, sim, o que quer”, argumenta o deputado Vicentinho, líder do PT na Câmara.
Na presidência, a primeira indicação de que era hora de baixar a temperatura veio logo pela manhã de terça-feira (28). O vice-presidente, Michel Temer, falou em negociação com o Congresso.
Na noite de terça-feira (28), a presidente Dilma disse, em entrevista ao SBT, que poderia ser plebiscito ou referendo. O mais importante, segundo a presidente, é o que vai constar na reforma, e que a população seja ouvida. Essas propostas estão há 20 anos no Congresso e nunca foram votadas.
“Todas as portas estão abertas e, sem dúvida, a proxima legistura é que vai votar a reforma política, não essa que está encerrando, imagino eu pelo menos”, diz o deputado Henrique Fontana, líder do governo.
Jornal da Globo