Prefeitura suspende atividades, em decorrência da infecção de servidores pela covid-19
Satélite: Líderes da oposição e da base aliada centram fogo nos médios e grandes colégios eleitorais da Bahia
Mapa traçado
Os principais líderes da oposição e da base aliada suspenderam as agendas para se dedicar exclusivamente à corrida pelos últimos votos na reta final do segundo turno. Nos dois lados, a tática é a mesma: centrar fogo nos médios e grandes colégios eleitorais da Bahia, que apresentam o maior percentual de indecisos e de órfãos da ex-ministra Marina Silva (PSB), de acordo com sondagens encomendadas pelos comitês de campanha. A avaliação feita por integrantes das equipes de apoio a Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) aponta que, nos pequenos, o jogo já foi definido e não há muito o que fazer. Para a ala pró-PT, os municípios menores estão no papo e seria desperdício gastar energia para conquistar os poucos votos que restam nesses rincões, onde a máquina governista fez toda a diferença. Entre os aecistas baianos, a ordem é não pregar para os convertidos.
Tocaia grande
Aliados do prefeito de Itabuna, Claudevane Leite, o Vane da Renascer (PRB), garantem que ele está a um passo de deixar o partido da Igreja Universal para retornar ao PT, de onde saiu em 2011. A costura, segredam as fontes, tem as digitais do deputado Josias Gomes e de um dos seus mais antigos colaboradores, o presidente estadual da sigla, Everaldo Anunciação. A movimentação tem duplo objetivo, mas só um é oficial: trazer de volta para o PT o comando da quinta maior cidade do estado.
Prato frio
Há, porém, outro interesse na jogada de Josias Gomes. Com a filiação de Vane da Renascer, ele esvaziaria de vez o poder do deputado Geraldo Simões sobre o diretório petista em Itabuna. Fora dos holofotes, Gomes e Simões travam há anos uma batalha pelo controle da sigla. Nas eleições internas, ano passado, Simões levou a melhor. Mas as últimas risadas foram de Gomes. Reeleito, ainda viu o adversário perder nas urnas. Agora, aguarda os acertos finais com Vane para aplicar o xeque-mate.
Retórica tipo pão-de-queijo
Passou despercebido durante a rápida entrevista coletiva de Aécio Neves no aeroporto de Salvador, anteontem à tarde, mas não por um atento observador que acompanhava a comitiva tucana. Quando falou sobre seus projetos futuros para o país, caso eleito, Aécio citou e repetiu como prazo “os próximos oito anos”. Ou ele se atrapalhou, fruto do desgaste da campanha, ou se traiu. Publicamente, Aécio defende o fim da reeleição e mandatos de cinco anos para cargos do Executivo. Contudo, como todo bom mineiro, deixa uma brecha sempre aberta. Alega que, para mudar o formato atual, depende mais do Congresso do que da vontade própria.
Tanque vazio
O apoio explícito da ex-minista Marina Silva à oposição vai dificultar a recomposição da Rede Sustentabilidade no estado. Fora a ex-ministra Eliana Calmon, que não possui ascendência sobre os marineiros baianos, o resto da cúpula da Rede ainda gravita na órbita de partidos de origem esquerdista. Com isso, tenderão a reduzir as buscas por assinaturas para legalizar a sigla.
Largada na pole
Deputados com assento privilegiado na Assembleia admitem o favoritismo de Marcelo Nilo (PDT) na briga pela presidência da Casa. Hoje, calculam, ele corre no páreo com muitos corpos de vantagem e sem concorrentes com musculatura para vencê-lo. Contudo, acham que ainda há muita água a caminho da ponte. O governador eleito, Rui Costa (PT), por exemplo, sequer tocou no assunto.
“Vou atribuir a raiva e a agressividade do Manno Góes contra mim ao fato de eu gostar mais da música de Tuca Fernandes
Geddel Vieira Lima (PMDB), ex-ministro, ao ironizar os ataques do músico baiano, que o comparou a um “rato” da classe dos “políticos escrotos”, ontem, pelo Twitter. Correio