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Agripino: Congresso será responsabilizado pela opinião pública se aprovar superávit
O líder do Democratas no Senado, José Agripino (RN), disse que não somente a presidente Dilma Rousseff como o Congresso Nacional perderão credibilidade perante a opinião pública caso aprove a alteração do superávit primário. Em discurso na tribuna do Senado na tarde desta quarta-feira (26), o senador pelo Rio Grande do Norte afirmou que a tensão da base aliada em relação ao projeto do Executivo deve-se ao fato de que os próprios governistas sabem que a presidente da República está cometendo crime de responsabilidade fiscal.
“O governo está nervoso porque a presidente da República está com a ‘espada de Dâmocles’ na cabeça. Na hora em que votarmos uma lei como o governo quer, ao invés de infernizar a vida da presidente, vai se transferir para o Congresso Nacional o crime de responsabilidade porque foi ele quem votou a Lei de Diretrizes Orçamentárias para fazer o gosto daqueles que promoveram a transgressão da lei”, ressaltou o parlamentar. Por não conseguir fechar as contas públicas no final do ano, o governo quer alterar a meta do superávit – que a diferença entre receitas e despesas e é usada para pagar juros da dívida.
Em uma sessão tumultuada nesta terça-feira (25), governistas atropelaram a votação no Congresso e apreciaram, de uma só vez, 38 vetos parlamentares. Contrária à decisão, a oposição obstruiu a votação e alguns parlamentares deixaram o plenário. A pressa do governo devia-se ao fato de que o Congresso só pode apreciar o projeto que altera o superávit primário após análise dos vetos. A base aliada tentou aprovar ainda nesta quarta-feira (26) a mudança da meta fiscal, mas não houve quórum. Uma nova sessão foi marcada para a próxima terça-feira (2), às 12h.
“Nós, da oposição, temos marcado com muita clareza nossa posição: se forem refazer a LDO, se forem anistiar o crime praticado pela presidente da República de responsabilidade fiscal, que façam e assumam perante a história a sua responsabilidade. Nós vamos ficar com a autonomia do Congresso, com a legitimidade de ações e ficar com aquilo que a sociedade brasileira espera de nós”, destacou Agripino.