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Com mudanças radicais na dieta, jovem perde 53 kg e vira maratonista
Com 127 kg, Max estava acostumado a comer seis pães no café da manhã. Mais magro, agora se prepara para correr sua primeira Meia Maratona.
Seis pães com ovo no café da manhã, dois ou três pratos de comida no almoço, salgados e fritura no lanche da tarde e, para fechar o dia, dois ou três sanduíches com um refrigerante de 1 litro – esse era um dia comum na vida do professor Max Ferreira Colares, na época com 127 kg. “Eu comia até não caber mais no meu corpo, ficava tão cheio que não conseguia nem tomar água”, lembra o jovem, de 29 anos, atualmente morador de Manaus, no Amazonas.
Casado com uma “excelente cozinheira”, como ele mesmo descreve, Max precisou aprender a ver os alimentos de outra maneira para conseguir perder peso. “Tive que colocar na cabeça que conseguiria viver comendo bem, comendo de um jeito normal”, lembra.
No começo, no entanto, a adaptação não foi tão fácil – por causa da fome que sentia, o professor chorou todas as noites da primeira semana. “O que eu passei a comer não me satisfazia, então para o meu organismo se acostumar, foram mais ou menos dois meses”, diz.
As dificuldades não foram um problema para Max, que estava realmente decidido a mudar de vida, principalmente depois de uma viagem que fez ao Rio de Janeiro. “Vi muitos cariocas correndo no calçadão, cuidado da saúde, e fiquei com vergonha. Ali caiu minha ficha, não quis nem tirar a camisa na praia”, lembra.
Ao voltar de viagem, no entanto, mesmo com a decisão tomada, ele resolveu primeiro se despedir do antigo estilo de vida, no melhor estilo possível: em um rodízio de pizza. “Fiz minha última extravagância e comi 18 pedaços”, lembra.
Depois daquele dia, tudo mudou: o exagero deu lugar a um cardápio com muita salada, frutas, alimentos integrais e grelhados, e nada de gordura, fritura e refrigerante. “Passei a comer de três em três horas. Não era uma dieta, para mim se tornou um hábito”, conta. Junto com a nova rotina alimentar, Max começou também a fazer atividade física e, com o tempo, foi evoluindo cada vez mais. “Comecei fazendo duas vezes por semana porque minhas pernas doíam muito, mas fui evoluindo e hoje faço academia cinco vezes na semana e, sábado ou domingo, faço minha corrida de 5 ou 10 km”, diz.
Atualmente com 74 kg – 53 kg a menos na balança –, Max se prepara para correr sua primeira Meia Maratona. “Até agora só fiz corridas de 10 km e de 5 km. E eu, que não conseguia nem andar na esteira, fiquei em 7º lugar em uma delas”, conta, satisfeito.
Max defende que o mais importante para conseguir emagrecer é a mudança do psicológico. “Pode ter nutricionista, pode ter fisiologista e pode ter o melhor professor de educação física da melhor academia, mas se você tiver com o psicológico ruim e pensar que não consegue, não vai dar”, diz. O professor compara a mudança de hábitos a uma abstinência de drogas. “Basta uma prova só, a primeira. Eu fiquei dois meses sem socializar porque tinha receio de cair na tentação, mas depois que mudei o pensamento, não tenho mais esse problema”, conclui.
Fora a perda de peso, ele agora comemora também os outros benefícios que teve no dia a dia, como a maior disposição e ânimo e a melhora na autoestima. “Usava camisa XG e hoje uso P e, às vezes, até PP. Escolher uma roupa era um sonho – uma coisa tão simples que eu não conseguia fazer e hoje eu consigo”, afirma. Agora, satisfeito com o resultado, ele diz que apenas quer manter o peso. “Quero ficar assim, mas ganhar mais massa muscular e definir meu corpo”, conclui.
Mariana Palma
Do G1, em São Paulo