Dia Mundial de Combate a AIDS

 Dia Mundial de Combate a AIDS

Hoje, primeiro de dezembro, é o Dia Mundial de Combate a AIDS. Apesar das novas descobertas, novos medicamentos e tratamentos, o número de contaminados pelo HIV ainda cresce no Brasil, como o Fantástico relatou em belíssima matéria ontem. Com as gravações do filme Boa Sorte, eu mergulhei a fundo no estudo da AIDS para construir a Judite, em estado terminal da doença, da forma mais realista e responsável possível.

Como sabemos, infelizmente, o HIV não tem cura. Atualmente, o Brasil é considerado um dos países que mais investe e é preparado para lidar com essa doença: o tratamento, feito corretamente com o acompanhamento de médicos e o uso de remédios, permite aos portadores do vírus uma vida normal. Entretanto, mesmo com avanços médicos, a AIDS continua fazendo vítimas no nosso país e no mundo. Após a minha jornada neste assunto, o que posso dizer é que a única forma de preveni-la é com o uso da camisinha. Aprendi também com Boa Sorte que outra forma de nos protegermos e protegermos quem a gente ama é fazendo o exame de HIV regularmente.

Ontem, durante o programa Esquenta, uma fala minha causou debate nas redes sociais – o que acho ótimo, pois quanto mais debatermos esse assunto delicado, mais próximo estaremos de criar uma cultura de prevenção e não preconceito com os portadores da doença. Ontem, tomando como base a minha experiência pessoal ao fazer laboratório com mais de dez mães soropositivas, eu mencionei que atualmente é possível que mulheres com HIV possam engravidar e amamentar sem riscos de transmitir a doença aos seus filhos. Minha declaração, repito, foi baseada em uma experiência pessoal, ao conhecer mães que estão em tratamento com acompanhamento de médicos competentes e fazendo uso da medicação corretamente e com carga viral “não detectada”. Obviamente, eu não sou médica, não estudei medicina e não sou especialista na doença, por isso minha declaração não deve ser generalizada, nem tomada como certa. Apenas um médico, com as devidas qualificações, pode dizer o que é correto e seguro fazer ao ser contaminado com a doença.

Na verdade, mais do que qualquer colocação específica, o que quis dizer é que a carga negativa e o preconceito para com aqueles que estão infectados com a AIDS deve acabar. Que é possível sim, com o auxílio médico, ter uma vida normal sem colocar o outro em risco. A AIDS e sua prevenção é um assunto sério e devemos abordá-lo com seriedade e informação. Proteja-se, proteja quem você ama, faça o exame, busque tratamento!

Deborah Secco

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