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Museu de Curitiba vai expor obras de arte apreendidas durante a Lava Jato
Exposição com 16 obras de artistas renomados deve acontecer em 2015. Acervo passou por um processo de higienização e conservação, diz MON.
O Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba, vai realizar no início de 2015 uma exposição com as obras de arte apreendidas durante a Operação Lava Jato. Os quadros estavam na casa e no escritório da doleira Nelma Mitsue Penasso Kodama, presa durante a operação, e há suspeitas de que as obras de arte tenham sido adquiridas para lavar dinheiro de origem ilícita.
As obras de arte foram entregues em maio ao secretário de Cultura do Paraná, Paulino Viapiana, e à diretora cultural do museu, Estela Sandrini. O MON ficou responsável pelo patrimônio artístico até que a Justiça determine um destino para as obras. A direção do museu informou que tem interesse em ficar definitivamente com o acervo, mas essa é uma decisão que cabe a Justiça.
O acervo conta com 16 obras de artistas renomados, a maioria brasileiros. As telas são de Aldemir Martins, Cícero Dias, Claudio Tozzi, David Cymrot, Di Cavalcanti, Gerardenghi, Gomide, Heitor dos Prazeres, Iberê Camargo, Mario Gruber, Orlando Teruz e Tony Koegl. Além dessas obras, havia também uma pintura do impressionista francês Pierre Auguste Renoir, no entanto, peritos da Secretaria de Estado da Cultura do Paraná (Seec) avaliaram a autenticidade da obra e concluíram que ela não é verdadeira.
Segundo o MON, o acervo passou por um processo de higienização, conservação e pesquisa para atestar a procedência e a autenticidade de cada obra. Para garantir a conservação, as telas permanecem em uma sala com temperatura e umidade constantes, como explicou o coordenador do acervo do MON, Humberto Imbrunisio. “A temperatura fica em torno de 20 a 21°C e a umidade em torno de 50%, com uma variação de 5% a mais ou a menos. A variação na temperatura pode provocar danos, tanto na pintura quanto na estrutura da obra”, afirmou.
De acordo com a diretora do MON, Estela Sandrini, as obras apreendidas tem uma qualidade superior. “Nós tínhamos obras de apenas quatro desses artistas, as outras 12 obras vão enriquecer o acervo do museu. Quando você traz uma obra para o museu, faz um tratamento para preservar a obra e, não tem nada que pague esse valor cultural”, disse Estela.
Do G1 PR, com informações da RPC Curitiba