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Para destravar o trânsito de Paulo Afonso
Logo de saída, para que o trânsito seja destravado, é preciso querer (a famosa vontade política), realizar audiências públicas, contratar uma boa empresa do ramo e ser duro na fiscalização e na aplicação das leis de trânsito.
Quem coleta sugestões para alterações e aplicações muitas delas óbvias demais no trânsito de Paulo Afonso? A quem podemos recorrer?
O trânsito [de veículos] está cada vez pior. Acabamos de ler uma matéria na qual o autor afirma que os engarrafamentos travam o trânsito de Paulo Afonso. Por que algumas excelentes e simples sugestões que têm aparecido nos nossos meios de comunicação não são ouvidas, acatadas e aplicadas? Nós outros, cidadãos, não somos tão simplórios como as autoridades competentes podem pensar. Andamos e sofremos no trânsito. Em outras palavras, somos nós que purgamos com amargura os transtornos de um trânsito que, vamos convir, poderia ser melhor; fluir melhor. Vamos nós, o leitor e o autor destas linhas, confessar que gostaríamos de estar escrevendo coisas mais positivas, mais alegres, ou mais amenas nesta época de Natal. Mas também confessamos que estamos cansados de sofrer no trânsito por falta de medidas simples, possíveis e de baixo custo. A bem da verdade, diríamos que a nossa perplexidade acontece exatamente porque vemos no pessoal capacidade suficiente para disciplinar o nosso trânsito.
Estaria havendo burocracia em demasia? Superposição de atribuições? Pressão política? O que seria? Se é falta de verba para a gestação e aplicação de um plano abrangente, por que medidas simples, que saltam aos olhos, não são tomadas? Só para ilustrar e para encerrar por que cargas dágua não é proibido o estacionamento logo depois do prédio central do Bradesco? Os veículos estacionam até o poste da esquina em expressa violação das regras de estacionamento. Em consequência, o fluxo que resulta de duas ou três vertentes se resume a uma única fileira de veículos apertada contra o meio-fio e contra os blocos de concreto à esquerda do motorista. Cumprida a regra de serem preservados os metros estabelecidos em lei antes de uma esquina, o problema do engarrafamento por ali estaria resolvido. Talvez nem fosse preciso implantar o estacionamento em fila naquela área, em contraposição ao estacionamento em diagonal.
Falamos e falamos sobre os aperreios do nosso trânsito. Talvez até irritemos as nossas autoridades. Mas não somos poupados da lembrança da história do sapo que, conhecedor da psicologia da sua região, escapou da morte: capturado e prestes a ser eliminado, suplicou ao seu algoz que fosse jogado no fogo. Foi jogado na água. E se salvou.
Não sei se seria o caso de elogiarmos o nosso sistema de trânsito, dizermos que é uma maravilha, que nos deslocamos com facilidade e que tudo vai bem. Então poderia vir alguém para nos decepcionar em birra cultural e nos espicaçar. Tomaria algumas providências no sentido contrário ao que teríamos dito e nós, como o sapo da história, ficaríamos livres dos nossos engarrafamentos.
Francisco Nery Júnior