Economizemos energia já temos apagões

 Economizemos energia já temos apagões

É o que nos resta a fazer: economizar energia elétrica. A oferta de energia não consegue atender ao pico e começam a surgir os apagões. Eles já são seletivos e assim se tornarão cada vez mais. Os apagões setoriais são a fórmula encontrada para não termos o apagão total.

As construções de novas hidrelétricas estão em atraso, a manutenção das termoelétricas tira muitas delas do sistema e a decisão de construir usinas em fio d’água compromete a excelência da produção de energia elétrica no Brasil.

A construção de grandes reservatórios inundaria certas áreas e prejudicaria, com o deslocamento, alguns milhares de habitantes locais; para beneficiar milhões deles. Ninguém quer ser deslocado do seu torrão natal, mas o sentimento de nação e do bem coletivo impõem aquela solução, para não termos apagão. Há que se observar as obras e decisões ambientais, segundo a lei, compensar suficientemente o cidadão deslocado, de forma que ele se sinta compensado e se veja em melhores condições de vida, e explorar o imenso potencial hidrelétrico do Brasil.

O consumo continua a crescer na razão de 5% ao ano, enquanto que o PIB, tomando como base a previsão de 0,3% para 2015, cresce bem menos. No curto prazo, deverá haver cortes setoriais, racionamento de todo tipo, prejuízos e campanhas de esclarecimento.

Soluções como exploração da energia eólica, queima do bagaço da cana e energia solar deverão ser incrementadas, mas deveremos sofrer a instabilidade do sistema nos próximos dois anos.

Até lá, se quisermos cooperar com quem tem a responsabilidade de não nos deixar no apagão, se quisermos praticar a cidadania sem julgar quem porventura prevaricou, se quisermos tomar a decisão de somar e agregar, temos que poupar energia: menos banho quente, menos luzes acesas, menos roupa passada a ferro elétrico, menos conforto.

É a situação em que nos encontramos com a incapacidade de investir de um país sem infraestrutura estabelecida que se endividou provavelmente além da sua capacidade de se endividar.

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Francisco Nery Júnior

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