Seagri discute ações de controle da praga que afeta fruticultura no Vale do São Francisco

 Seagri discute ações de controle da praga que afeta fruticultura no Vale do São Francisco

Responsável por prejuízos da ordem de U$ 120 milhões por ano no Brasil, chegando a U$ 2 bilhões no mundo, a mosca-das-frutas, a maior praga que afeta a fruticultura no Vale do São Francisco, região compreendida na divisa Bahia e Pernambuco, é uma preocupação do Governo do Estado, que começou a discutir ações de combate à doença com entidades representes do setor.

Durante encontro na Secretaria da Agricultura (Seagri), o presidente da Moscamed, Jair Fernandes, apresentou um plano emergencial, como proposta de controle das mosca-das-frutas, com os resultados positivos obtidos na região do Vale do São Francisco que pertence a Pernambuco, onde o projeto está sendo implementado.

mosca da frutaA reunião, realizada na semana passada com a secretária Fernanda Mendonça, representando o governador Rui Costa, teve presença ainda do diretor executivo da Abrasfrutas e assessor técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), José Eduardo Brandão.

A infestação da praga atinge todas as culturas implantadas no Vale do São Francisco, com exceção do coco. “Essa é uma demanda que deve ser priorizada e trabalhada com máxima urgência”, afirmou a secretária, ressaltando que, “de forma transversal e participativa, seguindo a linha de pensamento do governador, a Seagri, em parceria com a Moscamed Brasil, Adab [Agência de Defesa Agropecuária da Bahia] e outros órgãos estaduais, vai atuar no enfrentamento dos altos índices de infestação, para que não ocorra maior comprometimento da produção”.

A região do Vale do São Francisco possui aproximadamente 45 mil hectares, dos quais 17 mil são cultivados por 2.800 agricultores familiares, produzindo em média 98% das frutas que são exportadas no país. O destaque é a manga, que abrange 90% da produção baiana exportada. Outra cultura muito explorada na região é a uva, com fabricação de vinhos jovens de qualidade, a oito graus de latitude, uma das atividades com maior potencial para a geração de emprego e renda.

Exportação

Segundo Brandão, as exportações estão aumentando em números e valores, e a expectativa é dobrar essa produção até 2020. “Para continuar trilhando esse caminho viemos buscar o apoio do governo do Estado no controle desta praga”. O dirigente da Moscamed Brasil disse que “a proposta é apoiar os produtores de base familiar proprietários de até seis hectares, com o monitoramento e o controle da praga, reduzindo os índices de infestação e a pressão sobre as áreas de produção do Vale do São Francisco”.

Ele destacou ainda que “o tratamento biológico utilizado no controle da infestação não representa risco à saúde do agricultor ao aplicar o produto”. A Moscamed Brasil é uma Organização Social (OS), sem fins lucrativos, que tem a missão de aportar soluções do ponto de vista tecnológico para a agricultura e a saúde pública, notadamente direcionadas ao controle da mosca-das-frutas, e do vetor da dengue, o mosquito aedes aegypti.

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