Prefeitura suspende atividades, em decorrência da infecção de servidores pela covid-19
Roubalheira e bla-bla-blá
É onde nos encontramos neste momento. No Brasil vigora a roubalheira e a conversa fiada que não leva a lugar nenhum. Um país cresce com tradição, cultura, lisura e trabalho. Bla-bla-bá pode animar, mas não leva o país a nenhum porto seguro. Alguma coisa tem sido feita… com os bilhões de reais que arrancam do nosso bolso. Na realidade, gostaríamos de meter a mão no bolso nós mesmos, e religiosamente ou civicamente se assim preferir o leitor contribuir; como contribuem os canadenses, por exemplo.
Paulo Afonso está no meio dessa mixórdia. Ah, leitor, aceite, por favor, a palavra mixórdia. Você pode até dar uma idazinha ao dicionário. Vá lá. É bom. É sempre salutar ir ao dicionário. Melhor mixórdia do que o palavrão que insiste em sair da nossa boca, melhor dizendo, da nossa pena. Cansados de tanta conversa fiada que temos estado ouvindo constantemente, sem trégua ouvindo, irra, o palavrão parece ser a única válvula de escape. Mas ele não vai sair. Você não merece palavrões. Você merece flores.
Li matéria lúcida no Ozildo Alves de autoria do professor Galdino. Não temos representante, nem no Congresso Nacional, nem na Assembleia Legislativa. Estamos acéfalos. Acéfalo quer dizer sem cabeça. O leitor já imaginou um corpo sem cabeça? É como se encontra o Brasil no momento, sem eira nem beira, embora tenha o Governo Federal um ministério de quase quarenta ministros. O leitor, gerente, teria condições de coordenar 40 ministros, polpudos e buchudos como são, cada um dono do próprio turfe, da própria barriga e do próprio nariz? Precisamos dizer mais alguma coisa? Precisamos?
Galdino cita Paulo Rangel. Sim, Paulo foi eleito com boa parte dos nossos votos. Isto aumenta, não a vaidade do deputado, não o orgulho, mas a responsabilidade. Paulo, Paulo, em chamamento semelhante àquele dirigido ao Paulo de Tarso, nós o conclamamos, pela pena insignificante de um reles escriba, a nos bem representar na Assembleia Legislativa do Estado da Bahia. Não é [isto] pouca coisa. A Bahia é um estado muito importante do Brasil, sexta ou sétima economia do mundo pelos nossos méritos e pelo nosso trabalho!
Como o quadro político se assemelha às nuvens do céu, daqui a quatro anos poderemos estar apelando para novos nomes, novos representantes, novos ministros, novos servidores.
Chega leitor. O carnaval terminou, você volta ao trabalho dignificante (é você quem constrói o Brasil). A nossa esperança é que não nos atrapalhem. Pelo menos que nos atrapalhem menos.
Francisco Nery Júnior
1 Comment
Leitor: considere um hífen depois de religiosamente e outro hífen depois de leitor no primeiro parágrafo. Sem eles, a compreensão fica comprometida. Deve haver algum problema com a máquina da redação.