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CPI da Petrobras marca depoimento de Vaccari para o próximo dia 9
Interinamente no comando da CPI da Petrobras, o primeiro vice-presidente da comissão, Antonio Imbassahy (PSDB-BA), marcou nesta terça-feira (31) o depoimento do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, para o próximo dia 9 de abril.
Diante dos protestos de deputados petistas, que o acusaram de tentar “partidarizar” a comissão, ele disse que confirmará a data com o presidente da comissão, Hugo Motta (PMDB-PB), que está fora do país.
Vaccari é réu em uma ação penal que tramita na Justiça Federal de Curitiba, sob a acusação de corrupção e lavagem de dinheiro. Segundo delatores da Operação Lava Jato, que apura desvio de dinheiro da Petrobras, Vaccari intermediou para o PT doações oriundas de propina cobrada de contratos entre fornecedores e a Petrobras. Vaccari e o PT negam e afirmam que todas as doações ao partido são legais.
A proposta do relator Luiz Sérgio (PT-RJ) era que o tesoureiro fosse ouvido em 23 de abril. A marcação do depoimento para o dia 9 foi confirmada pela Secretaria-Geral da CPI.
O tucano assumiu o comando da comissão em razão da ausência de Motta, que emendou o feriado da Semana Santa e viajou para o exterior nesta semana. Segundo informou a assessoria do presidente da CPI, a viagem estava previamente marcada.
O relator da comissão classificou a decisão de “atropelo”. Ele criticou Imbassahy por quebrar o cronograma acordado entre os partidos e o acusou de querer marcar o depoimento antes da manifestação de protesto contra o governo convocada pela internet para o dia 12 de abril.
“Aqui há uma inversão [do cronograma] e eu lamento (…) porque estão querendo fazer uma manifestação no dia 12 e [essa inversão serve] para que a CPI possa ser objeto de propaganda. Então, essa manobra atesta de forma clara e objetiva que nem todos os membros da CPI estão com o mesmo objetivo de investigar”, afirmou Luiz Sérgio.
Ele chegou a ler uma mensagem de celular que trocou com Motta em que o presidente da comissão diz que Imbassahy está “irredutível”. Imbassahy reiterou sua posição e disse que “a decisão é prerrogativa do presidente”. “Não há nenhuma ação na direção partidária”, afirmou.
Do G1, em Brasília