Programa Água Doce leva qualidade de vida para 70 mil baianos da microrregião de Paulo Afonso

 Programa Água Doce leva qualidade de vida para 70 mil baianos da microrregião de Paulo Afonso

Foto: Manu Dias/GOVBA. Assinatura de ordem de serviço para implementação de ações do Programa Água Doce em Santa Brígida.

Transformar água imprópria ao uso em fonte para o consumo de milhares de famílias da zona rural do nordeste baiano. Esta é a meta da implantação de 145 sistemas de dessalinização da água de poços artesianos do Programa Água Doce, autorizada na sexta-feira (27), em Minuim, distrito de Santa Brígida – um dos 28 municípios da microrregião de Paulo Afonso que vão ser contemplados.

Foto: Manu Dias/GOVBA. Assinatura de ordem de serviço para implementação de ações do Programa Água Doce em Santa Brígida.
Foto: Manu Dias/GOVBA. Assinatura de ordem de serviço para implementação de ações do Programa Água Doce em Santa Brígida.

A ordem de serviço para a primeira etapa da ação, viabilizada por meio da parceria entre o governo federal e do Governo da Bahia, foi assinada pelo governador Rui Costa e pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. A estimativa é que 70 mil pessoas serão beneficiadas com o investimento de R$ 61 milhões.

Integrado ao Água para Todos, o Programa Água Doce prevê a construção e recuperação de 385 sistemas de dessalinização, ampliando a oferta de água potável para 150 mil pessoas na Bahia. “Entre grandes investimentos e ações capilares como essa, a Bahia já investiu R$ 4 bilhões em abastecimento, nos últimos anos. Esses sistemas trazem, além de água para o consumo, renda para a população”, disse Rui.

Unidade demonstrativa

Os sistemas seguem o modelo da unidade demonstrativa implantada há cinco anos no povoado de Minuim, na zona rural de Santa Brígida. Após o processo de dessalinização, a água do poço chega às 130 famílias da comunidade pura e pronta para beber.

A família do agricultor Clóvis Nascimento, 59 anos, trocou o pagamento por galões de água pela captada a poucos metros de casa na unidade, que segundo ele mudou para melhor a qualidade de vida da comunidade. “Antes tínhamos muitos casos de diarréia e [outros] problemas de saúde por causa da água, [e agora] existe a facilidade de estar mais próxima”.

A água salinizada é aproveitada na produção de peixes e irrigação da forrageira erva-sal para a alimentação de caprinos e ovinos. Tudo é administrado pelos moradores por meio de uma associação comunitária. “É uma das únicas fontes de renda que temos e é bom porque a água salgada, que poderia prejudicar a terra, é aproveitada. Para a natureza é uma riqueza”, disse a presidente da associação, Íris Feitosa.

Na Bahia o programa é desenvolvido pela Secretaria do Meio Ambiente (Sema) e pela Companhia de Engenharia Ambiental e Recursos Hídricos da Bahia (Cerb), que já diagnosticaram 215 dos 700 poços a serem visitados em mais de mil localidades.

Ao todo, 41 municípios já estão selecionados para receber o programa. São prioridades as regiões onde há grupos de famílias e pequenas comunidades não atendidas por qualquer sistema de abastecimento de água potável. Para a ministra, a implantação do sistema “significa dar autonomia a essas comunidades, que passam a gerir um recurso que pertence a elas”.

Escola e investimentos

Ainda em Santa Brígida, Rui Costa autorizou obras de saneamento e entregou uma retroescavadeira destinada à recuperação de estradas vicinais e à construção de barragens e cisternas. Também, dando continuidade à série de visitas a unidades escolares baianas, o governador esteve no Centro Educacional Antonio da Silva Feitosa, no povoado de Minuim.

Deixe uma Resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *