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Aumento nas contas de energia na Bahia começou a valer na quarta
Começou a valer na quarta-feira (22) o aumento médio de 11,43% nas contas de luz que foi autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para clientes da Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba). A decisão da Aneel foi divulgada na terça-feira (14). A distribuidora atende a 5,5 milhões de unidades consumidoras na Bahia.
Para a baixa tensão (residências e comércio), a alta média será de 10,45%. Para a alta tensão (indústria), será de 13,34%, também na média. Os índices aprovados pela Aneel funcionam como um teto, ou seja, o limite para o reajuste que a distribuidora pode aplicar. A empresa tem autonomia para repassar aos consumidores um percentual menor.
Todos os anos, as distribuidoras passam por um processo de reajuste de suas tarifas, que pode levar a aumento ou queda dependendo do que for apurado pela Aneel. Em 2015, porém, a agência vem autorizando reajustes altos devido ao encarecimento da energia no país nos últimos meses, provocado pela queda no nível dos reservatórios das principais hidrelétricas do país e o uso mais intenso de termelétricas (usinas que geram eletricidade pela queima de combustíveis como óleo e gás).
O ajuste fiscal feito pelo governo Dilma Rousseff com o objetivo de reequilibrar suas contas também contribui para os aumentos mais fortes nas contas de luz em 2015. Isso porque o governo decidiu repassar aos consumidores todos os custos com os programas e ações no setor elétrico, entre eles o subsídio à conta de luz de famílias de baixa renda e o pagamento de indenizações a empresas. Em anos anteriores, o Tesouro assumiu parte dessa fatura, o que contribuiu para alivias as altas nas tarifas.
Mesmo assim, para os consumidores do Nordeste e do Norte do país a conta de luz vai subir menos em 2015. Isso porque a lei prevê que a maior parte dos custos seja bancado pelos consumidores do Sul, Sudeste e Centro-Oeste. As distribuidoras não lucram com a revenda de energia fornecida pelos geradores (usinas), mas sim com o serviço de levá-la até os consumidores. Entretanto, podem repassar para as tarifas todo o custo com a compra dessa energia. G1