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Nossas mulheres, nossas companheiras
Elas caminham conosco. Velam por nós. Claro, não são anjinhos alados – como também não somos -, mas velam. É só viajarem por um dia… e bate a solidão. Sozinhez, como teria dito, na piada maldosa, o ex-ministro do trabalho Rogério Magri. Nós as adoramos. Viúvos, sempre procuramos outra. Não vivemos sem elas. A viuvez decididamente não foi feita para os homens. O asilo ainda é melhor que a viuvez. Se a palavra asilo choca e assusta, melhor dizer casa de repouso, recanto ou o que o valha. Quero dizer que agora me parece melhor um asilo do que a viuvez no vazio de uma residência. Mas, observe o leitor a tradução que segue, existem algumas [mulheres] que são bem diferentes:
Violências conjugais: um homem morre a cada 13 dias na França assassinado por sua companheira
Sete mil cento e trinta e seis (7136). Este é o número de homens que padecem vítimas de violências gratuitas da sua companheira em 2013, segundo o Observatório Nacional da Delinquência e de Demandas Penais (ONDRP). Isto representa 11% dos casos de violências conjugais na França. Ordinariamente mais suspeitos do que as vítimas, eles são, em média, 26 a morrer a cada ano sob os golpes da companheira, ou seja, cerca de um a cada 13 dias. Quase sempre os homens agredidos permanecem em silêncio, muito envergonhados por serem dominados por suas mulheres.
Ademais, há os que decidem partir, dar queixa e se conceder uma nova oportunidade de viver normalmente e de se reinventar longe da sua carrasca. É o caso de Maxime Gaget que conta o seu calvário no livro “Minha Companheira. Minha Carrasca”. Sua ex-companheira compareceu, na última quinta-feira, ao Tribunal Correcional de Paris por “violências, ameaças, intimidação e desonestidades”. Enquanto as suas histórias permitem melhor compreender o sistema de submissão psicológica das vítimas de violências conjugais, os homens se submetem a uma justiça nem sempre imparcial para com eles.
Artigo de Lucille Quillet – Le Figaro de 08.042015 – Tradução de F. Nery Jr.