Prefeitura suspende atividades, em decorrência da infecção de servidores pela covid-19
Os artistas de rua da França tentam se opor ao desaparecimento das suas obras
Recentemente, pinturas no muro da praça principal do BNH (Paulo Afonso-BA) suscitaram polêmica. O Le Monde de Paris de hoje, 16 de abril de 2015, publica matéria sobre o roubo de trabalhos de artistas de rua na França. É interessante e pertinente.
Nas redes sociais, ele posta imagens de portas arrancadas, de uma caixa de correio violada, de cabines EDF desconectadas. No dia 09 de abril, o artista de rua C215 (Christian Guémy) constatou tristemente pontos de pintura que lhe foram roubados na rua nestes últimos dias. Sobre uma das portas, ele havia pintado o retrato do seu lixeiro em Vitry-sur-Seine: “Ele o contemplava todos os dias desde 2009”, disse Christian. Nos seus comentários, os internautas acrescentam fotos que tiraram de outros lugares deixados vazios pelo desaparecimento de obras de C215.
Não é a primeira vez que isto acontece, mas, segundo C215, o fenômeno tem aumentado: cerca de uma dezena das suas pinturas desapareceram até agora. “Elas talvez tenham sido roubadas em uma noite e descobertas pouco a pouco”, explica o artista.
Na página do Facebook, os comentaristas se dividem em dois campos: aqueles que se compadecem e se emocionam ao ver o desaparecimento das obras e aqueles para quem o gesto ilegal do roubo se compara à ilegalidade da pintura nos muros e que consideram que a arte de rua é, por essência, efêmera. C215 se entristece e lamenta. Ele trabalha em comum acordo com a prefeitura de Vitry e com os Correios.
Le Monde de 16 de abril de 2015 – Tradução de Francisco Nery Júnior
Nery Jr.