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A 13ª fase da Operação Lava Jato foi realizada na quinta-feira (21). A Polícia Federal prendeu na quinta-feira (21) o empresário Milton Pascowitch, suspeito de ser um dos operadores do esquema de desvio de dinheiro da Petrobras.
Milton Pascowitch foi preso na casa dele em São Paulo e vai ficar detido, por tempo indeterminado, na sede da Polícia Federal em Curitiba. No despacho que determinou a prisão de Pascowitch, o juiz Sérgio Moro citou a delação premiada do ex-gerente de serviços da Petrobras, Pedro Barusco.
Barusco afirmou que Pascowitch seria o “intermediador de propinas para a diretoria de serviços, tendo trabalhado especialmente para a Engevix”, uma das empreiteiras investigadas na Lava Jato.
Pedro Barusco também confessou ter recebido propina de Pascowitch em contas no exterior. Segundo o Ministério Público, Pascowitch também fez depósitos para o ex-diretor de serviços da Petrobras Renato Duque.
“Até 2014, depois de iniciada a Lava Jato, ele continuou pagando empresas do Renato Duque, ex-diretor da Petrobras, relativo á propina ainda do tempo em que ele era diretor”, explica o procurador Carlos Fernando Lima, do Ministério Público Federal.
Na operação de quinta-feira (21), a polícia apreendeu quadros e esculturas na casa de Milton Pascowitch. De acordo a força-tarefa da Lava Jato, algumas obras estavam em nome de Renato Duque, o que seria indício de lavagem de dinheiro.
Nas contas bancárias da Jamp, a empresa de Milton Pascowitch, entraram R$ 78,5 milhões, dinheiro que teria vindo da Engevix entre 2004 e 2014.
Em um depoimento à Justiça, prestado em março, o ex-presidente da Engevix Gerson Almada disse que foi aconselhado por Pascowitch a manter uma relação com o Partido dos Trabalhadores.
A Polícia Federal também investiga pagamentos da empresa de Milton Pascowitch para a JD Assessoria e Consultoria, do ex-ministro José Dirceu. Relatórios da Receita Federal revelaram que a Jamp depositou quase R$ 1,5 milhão, entre 2011 e 2012, nas contas da JD. As justificativas para os pagamentos são divergentes, dizem os procuradores.
“Algumas delas podem ser até indicativos de que as versões apresentadas não são verdadeiras. mas nesse momento o que eu posso falar é que nós temos divergências”, diz o procurador Carlos Fernando Lima.
Renato Duque nega as acusações. José Dirceu reafirmou que o contrato com a Jamp Engenharia teve objetivo de prospectar negócios para a Engevix no Peru sem nenhuma relação com a Petrobras.
O Partido dos Trabalhadores não se manifestou.
Os advogados de Milton Pascowitch e de Gerson Almada não quiseram se pronunciar.
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